Nesta semana, uma foto do Museu do Futebol em Zurique (Suíça) ganhou repercussão nas redes sociais. Em uma exposição temporária sobre arte e futebol, aprovada pela FIFA, camisetas da seleção foram apresentadas.
Porém, o que era para ser uma mostra sobre arte e esporte foi utilizada para fins políticos.
A exposição Designing the Beautiful Game (“Projetando o Belo Jogo”, em tradução livre), escreveu a seguinte descrição ao lado das camisetas do Brasil:
"Novas gerações e contextos trazem novos significados a cores. Na Copa América de 2019, a icônica camiseta amarelo-canarinho do Brasil foi substituída pela edição comemorativa do histórico conjunto branco e azul, enquanto levavam o título para casa.
Em anos recentes, o distintivo conjunto brasileiro amarelo e verde se confundiu com a política ao passo que a camisa foi apropriada por apoiadores do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro".
A exposição continuará sendo exibida pela FIFA até o dia 25 de fevereiro. Ao ser indagada sobre a fala política, a FIFA respondeu:
“Esta exposição especial explora a história de como o design tem sido utilizado para desenvolver o futebol e explora momentos decisivos da história do futebol por meio de 3 seções principais: desempenho, identidade e multidões.
[As camisetas] foram selecionadas e exibidas para mostrar como as camisas e suas cores e significados no futebol podem criar identidades entre os torcedores de futebol, mas às vezes também podem ser usadas como parte de outras iniciativas dentro de uma sociedade mais ampla, devido ao forte sentimento de pertencimento que criam", afirmou o Museu da FIFA ao Poder360.
O Design Museum de Londres é uma das organizadoras do evento. Mesmo sendo uma instituição artística, a exposição realizada usou da arte para falar de um grupo político em um tom pejorativo.
Por que uma exibição de arte e futebol falaria sobre política, acusando cidadãos de serem extremistas?
Na natureza, o parasita não cria nada, apenas substitui. Por isso o parasita pós-moderno toma personagens e histórias consagradas como hospedeiros e usa deles para transmitir mensagens ideológicas.
Essa teoria foi criada pelo teórico canadense Jonathan Pageau. Em entrevista à Brasil Paralelo para o documentário A Sétima Arte, Pageau afirmou:
“A ideia de um parasita é um conceito muito enraizado na teoria pós-modernista. Há alguns pensadores, como Jacques Derrida, que viam seu trabalho como parasítico.”
Derrida é um filósofo dos anos 60, famoso por defender o processo de reconstrução, uma espécie de reinterpretação do passado na escrita e em outras esferas culturais.
Na produção A Sétima Arte, da Brasil Paralelo, a teoria do parasita pós-moderno é explicada em detalhes. Confira um trecho que aborda a teoria:
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