Desde o atentado executado pelo Hamas contra civis israelenses no dia sete de outubro de 2023, a região palestina da Faixa de Gaza tem sido palco de uma guerra brutal entre as Forças de Defesa Israelenses (FDI) e os terroristas do Hamas, Movimento de Resistência Islâmica.
O movimento luta contra Israel por meio de táticas de guerrilha. Seus combatentes se infiltram em meio à população local e usam instalações civis para fins militares.
Aplicadas em uma área geográfica de 365 km² com uma população maior do que 2 milhões de habitantes, as estratégias de combate do grupo islâmico levam a um enfrentamento muito letal para civis.
Apesar da alta letalidade entre civis palestinos, a ONU revelou esta semana que o número de óbitos de mulheres e crianças é menor do que se pensava e descobriu estar utilizando há meses números inflados.
Por conta da dificuldade de conduzir uma pesquisa independente dentro do território enquanto o conflito segue em andamento, a Organização confiou em dados vindos do Ministério da Saúde de Gaza.
A instituição palestina, que divulga seus dados por meio da mídia árabe e de grupos de defesa dos direitos humanos, é oficialmente controlada pelo governo local do Hamas.
O grupo aproveitou a falta de fontes alternativas para manipular os números e utilizar as estatísticas como ferramenta de propaganda anti-Israel.
Os dados manipulados afirmavam a morte de 34.735 pessoas, sendo que 9.500 seriam mulheres e 14.500 crianças, ou seja, aproximadamente 70% das vítimas totais da guerra seriam mulheres e crianças.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) checou os dados entregues pelo governo do Hamas e verificou que as baixas civis não decorreram desta forma.
De acordo com os dados revisitados, as casualidades totais foram de 34.844 pessoas, sendo 4.959 mulheres e 7.797 crianças, um total de aproximadamente 37%.
Com isso há uma discrepância de aproximadamente 11 mil vítimas que foram registradas de forma errônea como mulheres ou crianças.
Para o professor Daniel Carvalho, coordenador de Relações Internacionais da UVV, os dados adulterados não tiveram impacto na opinião pública e, da mesma forma, a revisão dos dados não deve gerar mudanças.
“Não foi esse número sem revisão que gerou o movimento anti-israel no mundo e também não é essa revisão para menos no número de mulheres e crianças mortas que vai acabar alterando a opinião pública global em desfavor da causa palestina, em desfavor do Hamas, que são coisas diferentes, ou em favor de Israel. Importante pensar que a imagem tem um papel muito maior do que qualquer notícia falando em revisão de números.”
O professor avalia que as imagens têm um poder simbólico muito mais relevante do que as notícias sobre a revisão de números oficiais, em suas palavras:
“Muito mais do que qualquer número, as imagens são significativas e muito mais poderosas. E não há como negar as imagens, não há como negar uma faixa de gaza completamente destruída, não há como negar as inúmeras imagens que recebemos de famílias enterrando seus entes queridos, de crianças vendo o cadáver de seus pais e, claro, aquele terror visível nos rostos de pessoas que tentam fugir dos bombardeios israelenses.”
Além disso, o professor também colocou que as imagens de sofrimento e dor das vítimas do Hamas e das pessoas sequestradas pelo grupo terrorista mobilizaram, em um primeiro momento, a opinião pública para uma posição mais pró Israel.
Os dados manipulados corroboravam com as narrativas anti-sionistas, uma vez que comprovariam um suposto objetivo do governo Netanyahu de praticar um genocídio contra civis palestinos.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP