O jornal Al-Quds divulgou três docuimentos escritos por Yahya Sinwar, líder do Hamas morto pelo exército israelense na semana passada.
Nos documentos há instruções para que os membros do Hamas tratem bem os reféns sequestrados durante o atentado de 7 de outubro do ano passado.
Sinwar destaca a importância estratégica de não maltratar os prisioneiros, afirmando que eles são cruciais para as negociações com o governo israelense “cuidar das vidas dos prisioneiros do inimigo e protegê-los, considerando-os uma moeda de troca em nossas mãos”.
Além da visão estratégica, o ex-líder do Hamas também menciona uma série de justificativas religiosas para que os membros do grupo tratem bem os raptados.
O primeiro ponto levantado pelo terrorista fala sobre o dever dos muçulmanos de libertar prisioneiros de guerra depois da vitória “‘e depois os liberte como um favor ou deixe-os resgatar.’ (Versículo nº 4 de ‘Surat Muhammad’)”
Logo em seguida, Sinwar mencionou o outro trecho de um dos livros sagrados do Islã onde é recomendado que um seguidor da religião “Alimente os famintos, visite os doentes e liberte os cativos.”
Sinwar afirma que o Hamas devolverá os reféns assim que conseguirem libertar membros do grupo dos presídios israelenses:
“O dever de libertar nossos prisioneiros não é cumprido exceto pela guarda dos prisioneiros do inimigo, e a recompensa por sua libertação é registrada em benefício dos Mujahideen.”
No primeiro docmento há também uma menção a um princípio da lei islâmica, Sharia, conhecido como Qaidah al-Wasail, ou princípio dos meios.
Segundo essa tese, os meios para atingir um objetivo religioso são por si só deveres religiosos. Nas palavras de Sinwar:
“Tudo o que é necessário para que um dever seja cumprido é em si mesmo um dever”.
O segundo documento divulgado traz informações sobre os reféns que continuam presos pelo grupo terrorista na Faixa de Gaza.
Estimativas apontam que 251 pessoas foram raptadas durante o atentado. Desde o ano passado 117 foram libertadas e 64 seguem vivos em cativeiro enquanto 70 morreram.
Os corpos de 37 voltaram para Israel, enquanto estima-se que 33 sigam escondidos em Gaza.
No segundo documento de Sinwar estavam listados todos os reféns e as regiões onde estão inseridos.
Além disso, outras informações foram registradas, como idade e profissão dos cativos.
Veja a lista completa a seguir:
Meio
Rafah
Gaza
No terceiro papel estão registrados os nomes, idades e nacionalidades de algumas reféns mais velhas, veja a lista abaixo:
1- Nili Eliyahu Margalit, sexo feminino, 41 anos, enfermeira.
2- Tamar Shalom Metzger, mulher, 78 anos.
3- Raymond Nahum Kirscht, mulher, 36 anos, doente.
4- Elena Julian Turbanov, mulher, 50 anos, russa.
5- Noraline Babdella, sexo feminino, 60 anos, filipina/israelense.
6 – Irina Tatem, mulher, 73 anos, russa.
7 – Bethlehem Yehuda, mulher, 49 anos, americana.
8- Merav Ben Yamin Tal, mulher, 53 anos.
9 - A inimiga de Mordecai é uma prisioneira de 75 anos.
10 – Ophelia Rothman, mulher, 77 anos.
11 – Detiza Hyman, mulher, 84 anos.
A comunicação dos líderes do Hamas é feita por meio de um sistema de baixa tecnologia, que utiliza papeis escritos à mão, códigos e mensageiros.
O objetivo dessa forma de comunicação é evitar que os serviços de inteligência israelenses consigam rastrear pessoas de interesse.
Por esse motivo, as ordens de Sinwar eram redigidas manualmente em folhas de papel.
Para entender uma questão complexa e importante como a guerra entre Israel e o Hamas, a Brasil Paralelo foi ao Oriente Médio, onde entrevistou intelectuais, militares e sobreviventes da guerra.
Mais de 3,8 milhões de pessoas já assistiram ao filme até hoje, 25 de outro e mais de 100 mil pessoas assistiram à estreia do documentário original no dia 7 de outubro.
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