Se o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, renunciar, não será necessário um processo de impeachment.
O país deverá convocar uma nova eleição dentro de 60 dias para escolher um novo líder. Durante esse período, o governo precisará se preparar rapidamente para garantir uma transição de poder suave e organizada.
Os pedidos de renúncia de Yeol se intensificaram após o decreto de Lei Marcial na noite de terça-feira, 3 de dezembro.
A medida foi anunciada na noite de terça-feira, 3 de dezembro. Horas depois, o Congresso sul-coreano revogou a decisão.
Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Seul por volta da 1 hora da manhã de quarta-feira, para pedir a remoção de Yeol do cargo. Os protestos se concentraram principalmente nos arredores da Assembleia Nacional.
A oposição acusa Yoon de traição. O Partido Democrata exige sua renúncia imediata, enquanto a Confederação Coreana de Sindicatos, com mais de um milhão de membros, declarou greve geral por tempo indeterminado.
Durante a noite, houve confrontos entre manifestantes e soldados. Tropas armadas bloquearam a entrada de pessoas no prédio da Assembleia Nacional. Não há relatos de feridos graves ou danos materiais significativos até o momento.
Hoje, 4 de dezembro, o ministro da Defesa Kim Tong-hyun renunciou ao cargo e pediu desculpas à população por “causar confusão” com a lei marcial.
Caso Yoon opte por não renunciar, ele ainda pode perder o poder por meio do impeachment. Seis partidos da oposição já apresentaram pedidos.
O processo exige que 2/3 do Parlamento votem a favor do impeachment. Se passar, a decisão final ficará nas mãos do Tribunal Constitucional.
Enquanto isso, o primeiro-ministro, Han Duck-soo, assumiria temporariamente como até que um novo presidente seja eleito.
Yoon justificou o decreto de lei marcial como uma forma de combater forças contrárias ao Estado. Ele acusa a oposição, que controla o Parlamento, de simpatizar com a Coreia do Norte comunista.
A votação que invalidou o decreto ocorreu por volta das 4h30, horário local (16h30 em Brasília). Os legisladores afirmaram que "protegerão a democracia com o povo".
A crise política na Coreia do Sul segue tensa. Mais protestos estão previstos para os próximos dias, com sindicatos convocando manifestações no centro de Seul.
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