O presidente da Argentina, Javier Milei, foi destaque de uma matéria da The Economist. A reportagem aponta Milei como o mais radical liberal desde Margaret Thatcher.
Para a revista, Milei é erroneamente comparado a líderes “populistas” como Trump e com a “extrema-direita” na França e Alemanha. Ele seria de uma tradição política diferente.
Enquanto esses apoiam tarifas altas e protecionismo, Milei defende a liberdade econômica e nutre, segundo suas próprias palavras, um profundo desprezo pelo Estado.
Em contrapartida aos números positivos da inflação na Argentina, a revista acende o alerta de que a experiência liberal ainda pode dar errado no país. Visto que, segundo eles, a taxa de pobreza saltou para 53% no primeiro semestre de 2024.
A revista traz uma dicotomia do Javier Milei como uma pessoa que seria excêntrica e por isso poderia perder o foco na economia para se “distrair com guerras culturais sobre gênero e mudança climática”, ao mesmo tempo em que teria uma coerente convicção liberal capaz de fazer um falido estado argentino crescer e, por isso, pode ter tomado medidas exemplares ao mundo.
“Talvez a maior lição seja sobre coragem e coerência. Gostem ou não, as políticas de Milei estão alinhadas entre si, o que amplifica seu efeito.”, afirmou a revista.
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