No episódio mais recente do programa Cartas na Mesa, transmitido nesta terça-feira, 22 de abril, o cientista político Adriano Gianturco fez um diagnóstico contundente sobre a crise de segurança pública no Brasil.
Segundo ele, o país vive uma realidade que vai muito além dos índices de criminalidade: o brasileiro comum teme perder a vida num simples assalto.
“As pessoas no Brasil não têm medo de perder o celular. Elas têm medo de morrer”, disse Gianturco ao analisar os dados sobre latrocínio, roubo seguido de morte, no país.
De acordo com ele, o Brasil registra, em média, 1.600 casos de latrocínio por ano, o que equivale a mais de quatro por dia. Um fenômeno praticamente inexistente em países desenvolvidos.
“No resto do mundo, quem morre de homicídio geralmente são criminosos entre si, homicídios passionais ou jovens em situações de risco. Aqui, qualquer pessoa pode ser vítima. Um pai de família pode sair para o trabalho e nunca mais voltar.”
Gianturco também revelou que o termo “latrocínio” nem sequer existe em outras línguas, como inglês, francês ou alemão, por ser um crime raríssimo fora do Brasil.
“Nem há dados internacionais sobre latrocínio. É tão raro no exterior que não existe como categoria própria.”
O programa também abordou o senso de impunidade que alimenta a violência e a falta de dados integrados entre estados.
Gianturco destacou o paradoxo da tecnologia aplicada à cobrança de impostos, mas ausente na segurança pública:
“O Brasil conseguiu cruzar dados para fiscalizar pix de R$5 mil, mas não tem um banco de dados nacional para apurar homicídios. Só 39% dos homicídios têm autoria conhecida. Isso é gravíssimo”.
O Cartas na Mesa segue sendo um espaço essencial para discutir, com profundidade e dados, os principais problemas do país, sem filtros ideológicos e com coragem para tocar nos temas que a grande mídia evita.
Assista agora ao episódio completo e entenda por que o latrocínio virou o crime mais temido pelos brasileiros:
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