Nunca se viu tantas pessoas sem sentido para a vida. Veja como o Dr. Viktor Frankl trabalhou para solucionar essa questão

O psiquiatra Viktor Frankl tornou-se famoso por seu best seller internacional “Em busca de sentido”. No livro, relata suas experiências como prisioneiro nos campos de concentração nazistas. A partir disso, explica e desenvolve a logoterapia, seu método terapêutico que o ajudou a sobreviver e ainda hoje ajuda pessoas a encontrar sentido na vida.

Ele observou que um aspecto fundamental predizia se seus companheiros de reclusão iriam morrer ou viver: a percepção de um sentido para a vida.

A falta de um sentido bem delineado leva a um dos maiores problemas contemporâneos na visão de Frankl: o vazio existencial.

Por isso, ele sustenta que encontrar um sentido para a vida não é necessário somente nas situações extremas, mas especialmente no dia a dia.

O vazio existencial

Já em sua época, Viktor Frankl avaliava que o vazio existencial era o estado predominante na nova geração norte-americana, e que também havia se disseminado para as demais sociedades ocidentais e orientais.

Distantes quase um século do surgimento da logoterapia, é possível constatar a validade de suas proposições não apenas para a época em que foi criada, mas também para a contemporaneidade.

• Saiba mais sobre o pensamento e a terapia criada por Viktor Frankl.

A depressão, a agressividade e o vício, os três sintomas da neurose coletiva (o vazio existencial), não apenas continuam presentes, como também aumentaram em escala.

Em 2017, a Organização das Nações Unidas considerou a depressão o mal do século.

No primeiro ano da pandemia de COVID-19, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, de acordo com um resumo científico divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os problemas psicológicos estão afetando cada vez mais pessoas, especialmente no Brasil. De acordo com pesquisa do Instituto Ipsos, o Brasil é a nação onde as pessoas mais sentem solidão e ansiedade no mundo. 

O levantamento de 2021 ouviu 23 mil pessoas de 28 países e mostrou que 50% dos brasileiros se sentem sozinhos. A média global é de 33%.