Colombianos foram às ruas contra uma portaria do Ministério da Saúde que viabilizaria o uso de bloqueadores hormonais em crianças a partir dos 3 anos. Segundo o perfil Unión Família, as manifestações ocorreram em mais de 30 cidades do país.
A caminhada aconteceu no sábado, 19 de outubro, e foi organizada por grupos de defesa da vida e da família.
Um deles foi o Unión Familia. Em um vídeo publicado no Instagram, o grupo celebrou o evento e afirmou que os "pais de família acordaram".
“Todos os cidadãos irão defender as crianças e sua inocência”, afirma o narrador.
Na capital Bogotá, a manifestação saiu do Parque Nacional em direção à Plaza de Bolívar, principal praça da cidade.
O vereador Emel Rojas esteve na manifestação e acusou a Supersalud de autorizar mudanças de sexo em crianças desde a tenra idade.
A polêmica começou no dia 20 de setembro de 2024, quando o Supersalud, nome da pasta da Saúde na Colômbia, divulgou uma circular externa na qual estabelece diretrizes para o tratamento de crianças e adolescentes transsexuais.
Na seção H do documento, fica determinado que os agentes de saúde deverão fornecer serviços de saúde mental, educação sobre saúde sexual e “apoio para a afirmação de gênero” de crianças e adolescentes trans.
Alega ser importante “garantir um desenvolvimento saudável e dar suporte a identidade de gênero dessas crianças e adolescentes, respeitando seu direito ao consentimento informado nas decisões sobre saúde”.
As ações englobariam crianças a partir dos 3 anos de idade, respeitando por exemplo o direito delas de se vestir de acordo com o gênero com o qual se identificam.
O superintendente nacional de saúde, Luis Carlos Leal, gravou um vídeo explicando que a portaria vai de encontro ao que diz a lei.
“É preciso lembrar que a Corte Constitucional, na seção T–218 de 2022 fala do respeito à identidade de gênero dos menores. Neste sentido, as nossas ordens são para coordenar as rede de apoio a essas pessoas em todo o território nacional”, declarou.
Leal também criticou os meios de comunicação, acusando-os de mentir sobre a natureza do decreto.
“Peço por favor aos meios de comunicação que não gerem nenhum tipo de desinformação. Isso só provoca violência, estigma e má fama ao sistema de saúde. E peço por favor, como cidadão colombiano, a cada um dos congressistas deste país, que por favor não leiam apenas veículos de imprensa. Se deem ao trabalho de ler que os funcionários fizeram”.
Influencers conservadores e parlamentares de direita se manifestaram contra a medida. O militante criatão Jonathan Silva escreveu em sua conta no X que o governo queria “destruir a família colombiana”
“O que não conseguiram no Congresso estão tentando fazer por decretos”, disse no vídeo.
Já o representante do Partido Conservador, Luis Miguel López, denunciou a situação. Para ele, o decreto é um abuso de poder da pasta.
“A superintendência está querendo obrigar os agentes de saúde a administrar tratamentos hormonais em crianças, sob ameaça de sanções caso não cumpram”.
Diante da pressão, o superintendente de Saúde do país, Luis Carlos Leal, foi convocado a depor no Senado Federal.
Os parlamentares pediram explicações sobre o trecho da portaria que cita transição de gênero em menores de idade. No entanto, até o momento não se sabe a data da audiência.
A pressão popular contra uma portaria da Superintendência de Saúde colombiana que determinou o tratamento de transição de gênero em crianças gerou protestos em 30 cidades do país.
A pasta alega que se trata de desinformação, enquanto ativistas cristãos e parlamentares conservadores alegam ser uma ameaça às crianças.
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