O presidente venezuelano acusado de fraudar a eleição de 28 de julho está endurecendo o regime chavista para reprimir as manifestações da oposição.
Maduro tem feito declarações que apontam para a radicalização de seu regime. Um exemplo disso foi sua menção de que o exército bolivariano segue ao seu lado. Afirmou também que “não tremeria o pulso” para fazer uma “nova revolução” contra o “imperialismo americano” e o “fascismo internacional”.
Na quinta-feira, dia 1º de agosto, o ditador falou em criar presídios especiais para prisioneiros políticos envolvidos em protestos contra o governo:
“Por isso, decidi criar esses dois presídios de segurança máxima para todos os grupos de jovens que estão metidos na guarimba (atos contra o governo) e em ataques criminosos. E não haverá perdão nem contemplação.”
O ditador seguiu falando que esses presídios devem “reeducar” os prisioneiros políticos e os forçar a trabalhar:
“E vamos fazer uma aposta para ver se esses presídios de segurança máxima conseguem a reeducação e se tornam fazendas produtivas. Que cheguem a produzir, que cheguem a trabalhar, como faziam naquela época, que os usavam para fazer estradas, lembram-se? Bom, tem muitas estradas para fazer, então vão fazer estradas.”
A repressão aos protestos na Venezuela já causou a prisão de mais de 1.200 pessoas, e o quase 20 assassinatos políticos.
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