Milton Friedman foi um economista, estatístico e escritor norte-americano, um dos principais expoentes do pensamento liberal. Sua ampla reputação foi conquistada à frente do Departamento de Economia da Universidade de Chicago. Em 1976, o economista ganhou o Nobel de Economia.
Para Friedman, existem apenas quatro formas de gastar dinheiro:
"Existem apenas quatro maneiras de você poder gastar seu dinheiro. Você pode gastá-lo com você mesmo. Quando você faz isso, e você pode realmente ver o que está fazendo com ele, você tenta usá-lo da melhor forma possível. Mas você pode gastar seu dinheiro com outra pessoa. Por exemplo, eu compro um presente de aniversário para alguém. Bem, eu não estou preocupado com a eficácia satisfatória do presente, mas estou atento quanto ao seu custo. Então, eu posso gastar o dinheiro alheio comigo mesmo. E se eu gasto o dinheiro alheio comigo mesmo, então eu tenho certeza de que terei um bom almoço! Finalmente, eu posso gastar o dinheiro de alguém com outro alguém. E se eu gasto o dinheiro de alguém com outro alguém, eu não me importo com o custo e não me importo com o que conseguirei satisfazer. E isso é o governo".
Na primeira forma, o dinheiro é gasto consigo, o que acaba gerando no indivíduo um esforço maior de gastar o dinheiro da melhor forma possível.
O dinheiro gasto é fruto do trabalho pessoal, do esforço. Logo, em geral, o indivíduo busca sempre a melhor relação entre custo-benefício na hora de comprar qualquer produto ou serviço, evitando desperdícios.
Quando o dinheiro é gasto com outra pessoa, como em um presente, aquele que gasta calcula o valor do presente em função da importância ou do merecimento dessa pessoa.
Outro ponto na hora da escolha, são as condições para a compra do presente. Assim, há um cálculo para bom uso do recurso financeiro.
Na terceira forma, usa-se o dinheiro de outro em benefício próprio. Como se um amigo oferecesse a outro um almoço num restaurante e este pudesse escolher qual. Existem grandes chances de o amigo beneficiado escolher um restaurante melhor e mais caro do que ele optaria normalmente, afinal, ele não pagaria a conta no fim.
Num cenário hipotético, é possível exemplificar a quarta forma. Um colégio público demanda reformas, a prefeitura contrata um pedreiro terceirizado para fazer o serviço. O operário precisa separar os materiais necessários para a obra e a prefeitura fará a compra usando seus recursos que são frutos dos impostos da população.
Como o pedreiro fará uma obra para outras pessoas, com recursos que não são próprios, mas de terceiros, ele pode não fazer o melhor uso do material.
Para Friedman, em casos como este, as premissas para racionalizar o uso de recursos feitos nas duas primeiras formas são esquecidas.
Como o responsável pela obra não será cobrado pelos recursos, dificilmente ele fará o exercício de racionalizar os custos, para economizar material e aproveitá-lo de maneira eficiente.
O cenário seria outro se os recursos fossem abatidos em seu pagamento.
Para o economista Milton Friedman, é deste modo que o Estado gere os recursos da população em toda sua estrutura burocrática.
Os funcionários públicos têm a seu dispor o dinheiro de outros para gastar consigo, ou seja, a terceira forma. Podem, assim, financiar benefícios mais caros com o dinheiro do cidadão.
Na gestão dos recursos públicos, os funcionários podem se ver na quarta forma de gastar o dinheiro. Um recurso de outros que não será aplicado em benefício próprio, logo não há uma racionalização e otimização dos gastos.
Ao mesmo tempo, os funcionários públicos são escolhidos por votação ou nomeação. Eles não podem ser facilmente demitidos caso façam mal uso do bem público. Para Friedman, dificilmente uma pessoa contrataria um profissional para um serviço o qual ele não pudesse ser demitido e assumir responsabilidade pela ineficiência do trabalho.
O Estado, para o autor, é isento dessas responsabilidades, portanto, não faz a melhor gestão dos recursos.
A Brasil Paralelo investigou esse problema nos Originais:
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