As chuvas atípicas que estão caindo no Rio Grande do Sul tornaram-se uma calamidade. E a situação pode piorar nos próximos dias, segundo o INMET, Instituto Nacional de Meteorologia.
O instituto diz que o Estado gaúcho pode ser atingido por mais microexplosões atmosféricas nos próximos dias. Segundo a MetSul Meteorologia, o fenômeno já atingiu a cidade de Santa Cruz do Sul no dia 27 de abril de 2024.
A cidade foi a mais atingida pelas chuvas, o que fez a prefeitura local decretar Estado de Emergência. O fenômeno é novamente esperado para os próximos dias.
Mas afinal o que é esse fenômeno que causa chuva e rajadas de vento tão fortes?
Uma microexplosão é uma espécie de “furacão invertido”, segundo o site do Serviço Nacional de Clima dos EUA. No caso do furacão, a massa de ar mais próxima ao solo sobe em direção à atmosfera. Alí esse ar se dispersa, enfraquecendo o fenômeno.
Já em uma microexplosão acontece exatamente o contrário. Esse fenômeno faz com que a massa de ar mais próxima a atmosfera se acumule em um ponto e caia com força no solo. Ao chegar ao chão os ventos se dispersam violentamente pelo continente, deixando estragos por onde passa.
O órgão americano explica ainda que existem dois tipos de microexplosões: as acompanhadas de chuva e as chamadas microexplosões secas. No caso dos eventos do sul do Brasil, pode ser que tenha acontecido esse fenômeno em seu primeiro tipo.
Mas o que causa uma microexplosão? Para entender isso, primeiro precisamos entender como o ar se comporta na atmosfera.
Basicamente, a atmosfera tem uma massa de ar mais alta e outra mais baixa. A mais alta produz os ventos que vão ajudar na precipitação de água. Já a mais baixa funciona como uma espécie de boia que “segura” a massa de ar acima para que ela não chegue de forma tão intensa ao continente.
O Serviço Nacional de Clima dos EUA explica em seu site que numa microexplosão a pressão da massa de ar mais alta é tão forte que o ar que fica na parte mais baixa não consegue segurá-la.
Com isso o vento e a chuva chegam ao solo com muita velocidade, se espalhando rapidamente e de forma violenta. Por isso, a primeira região atingida sempre é a mais afetada. Foi o caso da cidade de Santa Cruz do Sul no último sábado.
Caso se repita, a situação na região pode piorar.
Em entrevista ao Portal Brasil Paralelo, o professor do curso de Geografia e Atualidades do curso de ciências humanas Terra Negra, Vitor Augusto, explicou que o relevo da região é muito acidentado tendo muitas montanhas e vales no entorno.
Destacou também que as ocupações desordenadas podem ter tido um papel importante nas consequências do fenômeno.
“Além dos vales dos rios serem densamente ocupados. É importante destacar que naturalmente, inundações urbanas ou rurais (popularmente, e equivocadamente, conhecidas como enchentes) e deslizamentos de terra são fenômenos naturais, que foram potencializados pela ação do homem. Seja a partir de uma ocupação desordenada das encostas ou dos vales dos rios.” - disse Augusto.
No dia 28 de abril o governo do Rio Grande do Sul publicou nas redes sociais oficiais do Estado um vídeo alertando a população sobre a chegada de chuva forte entre os dias 29 de abril e 03 de maio.
No dia seguinte, o alerta foi elevado para “grande perigo” pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Desde o início das enchentes, o governo do Estado mobilizou as forças de segurança locais para socorrer feridos e desabrigados.
Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva sobrevoou ontem (05) a região metropolitana de Porto Alegre. Estava acompanhado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do presidente da Câmara, Arthur Lira e do ministro do STF Edson Fachin.
De acordo com informações da Agência Brasil, Lula garantiu que todas as verbas para reconstruir os locais atingidos pela inundação chegarão ao governo gaúcho. Prometeu ainda que irá desburocratizar as obras de recuperação.
“Eu sei que o estado tem uma situação financeira difícil, sei que tem muitas estradas com problema. Quero dizer que o governo federal através do Ministério dos Transporte vai ajudar vocês a recuperarem as estradas estaduais”, afirmou Lula em pronunciamento
O governador de São Paulo, Tarcisio Freitas, emprestou um helicóptero para ajudar na assistência aos feridos e desabrigados. As aeronaves estão ajudando nos resgates na região de São Sebastião do Caí, no leste do Estado.
O governo do Paraná enviou ao Rio Grande do Sul o helicóptero Falcão 8 do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas. Além da aeronave, foi enviada uma equipe com quatro policiais militares especialistas em resgate aéreo.
Os profissionais vão reforçar as equipes de busca e salvamento dos atingidos pelas enchentes, informou ontem pela manhã a Agência Estadual de Notícias do Paraná.
Já o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, enviou equipes de bombeiros e Defesa Civil para ajudar nas buscas, informou ontem uma rádio local. Ontem Zema disse em sua conta no instagram que um helicóptero com capacidade para fazer buscas noturnas estava chegando aos pampas.
De Santa Catarina foram enviadas equipes do Corpo de Bombeiros Militar. Segundo a Agência de Notícias SECOM, os militares estão ajudando no atendimento às ocorrências devido ao excesso de chuvas.
A Secretaria informou ainda que boa parte dos atendimentos está relacionada ao resgate de pessoas que estão em áreas alagadas. Há ainda equipes catarinenses ajudando em ocorrências de deslizamento de terra.
Da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues enviou equipes de agentes de saúde, medicamentos e uma tropa do Corpo de Bombeiros especializada em operações de resgate. O anúncio foi feito por Rodrigues em sua conta no X, antigo tweeter.
Outros Estados já informaram que também enviaram ajuda humanitária e técnica para a região.
As pessoas desse Estado não podem esperar, elas precisam da nossa ajuda. Lembre-se que é justamente nos momentos mais difíceis que podemos tomar as decisões mais importantes.
Faça a sua doação em socorro dessas vítimas. Algumas instituições da nossa confiança estão fazendo ações de recolhimento dessas doações. São elas:
- Banco de Alimentos (pix 04580781000191);
- Instituto Floresta (pix 27631481000190); https://www.sosvale.com.br
- Federasul (pix sosrs@federasul.com.br)
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