Alexandre Gimenez e Michele Bonano são protagonistas de uma história de amor que transcende as barreiras biológicas. Depois de 15 anos lutando contra a infertilidade, o casal constituiu uma família de seis pessoas.
A notícia da chegada das crianças veio um dia após ela escutar o testemunho de uma mãe de 5 crianças adotadas, durante o especial de Natal de 2023 da Brasil Paralelo.
O desejo que antes estava aceso, ficou ainda mais latente ao escutar a história de Bruna e Erick, que por dez anos não tiveram filhos.
Alexandre e Michele estavam na fila de adoção há um tempo, esperando sua vez para adotar.
Só não sabiam que seus filhos apareceriam no dia seguinte ao programa. A diretora de RH da Brasil Paralelo estava em uma reunião de trabalho, quando seu telefone tocou.
Era um servidor do fórum dizendo que o perfil deles havia sido observado. No entanto, fez uma proposta:
“Nosso perfil era para duas crianças, porém eles gostariam de saber se nós estudaríamos a adoção de uma terceira criança. Eles tinham um grupo de irmãos e iam separar um deles. Eram quatro crianças”.
Eles não tiveram coragem de separar os irmãos. Michele disse ao marido:
“Eles já são uma família e nós queremos ter filhos”.
Foi assim que o casal que já estava junto há 15 anos virou uma família de 6 pessoas. John, chegou com 8 anos. Amanda com 6, Ubirajara, carinhosamente chamado de “Bira”, com 5 anos e Matheus com 3 anos.
Na edição de 2024 do Especial de Natal de 2024 da Brasil Paralelo, era a sua vez de testemunhar que uma nova família havia nascido pela generosidade em adotar.
“Nunca houve dúvidas de que eles eram os nossos filhos. Eu não estaria pronta para escolher quatro filhos antes do momento em que eles chegaram na nossa vida”.
Este ano, a família passará seu primeiro Natal junta. Hoje, o casal considera a luta contra a infertilidade como um tempo de preparação para esse momento:
“Por um carinho de Deus, por um carinho de todas as orações que eu coloquei um dia aos pés de Nossa Senhora, as crianças chegaram. A gente se tornou uma família maior e com certeza o sentido do Natal vai ganhar muito mais amor e celebração, com uma visão menos materialista da data”.
Alexandre e Michele se casaram em 2007, mas os filhos não chegaram. Michele tinha 24 anos quando descobriu a razão:
“Esse processo da ausência dos filhos foi dolorido, porque eu tive um problema de endometriose”.
Ela fez nove cirurgias para corrigir a endometriose e assim tentar engravidar. Todas as vezes que entrou no centro cirúrgico, Alexandre estava ao seu lado. Mesmo na dor, o casal nunca perdeu a alegria e a esperança.
Conta que nunca sentiu revolta, mas entregou a situação a Deus.
“Sempre pedi a Deus que me sustentasse e que se fosse para eu ser mãe, que isso acontecesse da melhor forma. Nós vivemos essa expectativa com a clareza de que filho é um dom, não um direito.”
A esperança de gerar uma criança terminou em 2024, quando ela precisou retirar o útero. A recuperação da cirurgia trouxe complicações, o que a deixou por 30 dias na UTI.
Foi quando os dois conversaram sobre a adoção e decidiram iniciar o processo. Assim que conseguiu, ajoelhar e rezou:
“Eu me lembro de ajoelhar e pedir: Deus eu posso não ter filhos mas eu realmente gostaria de cuidar, de fazer algo para que a minha vocação pudesse chegar de alguma forma. Eu queria ter algo maior além de mim mesma. Eu não queria ser o centro da minha vida”.
Alexandre enfrentou a endometriose junto com Michele, acompanhando a esposa às consultas desde que o problema foi foi descoberto.
“Eu falo que eu tenho ginecologista. Dr Rogério virou amigo e é meu ginecologista”.
No entanto, foi em 2023 que entendeu mais profundamente sua missão como marido. Decidiu ir à missa todos os dias da quaresma, o que fez mudar sua forma de ver seu casamento.
“Aquilo foi transformador. Quando eu comecei a entender o sentido de servir, de não querer me utilizar de Deus”.
Entendeu que o casamento está em se colocar a serviço do outro e começou a mudar por dentro. Antes, tentava entender a razão da infertilidade do casal.
“Eu queria entender tudo que estava por trás”.
Após a chegada dos 4 filhos, ele entende que não tem o controle que pensava ter da vida. Aos 55 anos, ele afirma que Deus conduziu tudo como deveria ter sido da forma mais improvável.
Michele aponta que a jornada entre a infertilidade e a chegada dos filhos os fortaleceu e ajudou a entender que as coisas só valem a pena quando o ser humano sai de si mesmo.
“A cada momento difícil a gente renovava o nosso relacionamento para algo que era além de nós, que era realmente para Deus”.
O depoimento completo de Alexandre e Michele está disponível gratuitamente no Youtube da Brasil Paralelo. Assista abaixo:
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