O neurologista, pesquisador e professor Ricardo Nitrini foi o vencedor do Prêmio Henry Wisniewski de Contribuição do Longo da Vida. O reconhecimento é concedido pela Associação de Alzheimer aos mais relevantes pesquisadores que se dedicam à evolução das pesquisas sobre as diversas formas de demência, incluindo o Alzheimer.
Ao receber a notícia do prêmio, o Dr. Nitrini, que é também presidente do comitê científico da Acadêmica de Neurologia, afirmou:
“Eu nunca imaginei que fosse ganhar. Estou muito satisfeito pelo reconhecimento internacional e espero que isso gere auxílio para as pesquisas que fazemos”.
A láurea é concedida a cientistas que prestam contribuições importantes, duradouras e de grande impacto na área.
A cerimônia de premiação foi realizada na última semana de julho, na Filadélfia, nos Estados Unidos, durante a Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC).
Na ocasião também foi laureado o trabalho dos americanos Goldie S. Byrd e Ralph A. Nixon. Ambos desenvolvem pesquisas na área há décadas. A Dra. Byrd é diretora de um centro de referência em demência na Filadélfia, considerado um dos principais nos Estados Unidos.
O professor e neurologista Ricardo Nitrini. Imagem: Associação Brasileira de Neurologia.
O trabalho do Dr. Nitrini foi essencial para identificar que a ocorrência de demência aumenta muito em indivíduos de escolaridade baixa. Isso foi fundamental para o desenvolvimento do conceito de:
No entanto, as pesquisas que levaram à criação do conceito de reserva cognitiva não foram a primeira realização profissional da carreira do cientista e professor.
O Dr. Nitrini atua há quase 50 anos, dedicando-se aos estudos da neurologia, especificamente das demências. O foco das pesquisas por ele desenvolvidas são a neurologia cognitiva e comportamental.
“Comecei a fazer neurologia quando o Alzheimer era considerado uma doença rara”, afirma.
De acordo com a Associação brasileira de Alzheimer, o país tem 1,7% de pacientes com demência e cerca de 55% deste total sofrem de Alzheimer.
O professor afirmou que ao longo de seu período de estudo o conceito se ampliou. Inicialmente, o conceito de Alzheimer se aplicava apenas a doenças que ocorriam em pessoas abaixo dos 65 anos. Em um segundo momento, passou a abarcar a doença senil, que ocorre também nos idosos, acima dessa faixa-etária.
As investigações realizadas pelo Dr. Nitrini incluíram:
O professor criou o Centro de Referência para Transtornos Cognitivos no Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele também fundou o Departamento de Neurologia da USP, onde criou o Grupo de Neurologia Cognitiva e Comportamental. Nitrini também desenvolveu o projeto da revista científica internacional Dementia & Neuropsychologia, uma das mais prestigiadas na área.
Os estudos são realizados pela Associação de Alzheimer e o professor é o coordenador da América Latina.
Ele também atua junto ao cientista Adalberto Studart em pesquisas sobre o cérebro de superidosos.
Além disso, conduz análises de doenças neurodegenerativas em macacos-prego, considerados os mais inteligentes das Américas.
O professor afirmou que não pensa em parar de trabalhar e deseja realizar “muita coisa" em sua área profissional.
Ele espera que o reconhecimento abra portas para a continuidade da realização de pesquisas. Intenciona também criar uma Clínica da Memória, que possa receber com melhor estrutura os pacientes que hoje realizam tratamento no Hospital das Clínicas da USP.
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