De acordo com o IBGE, 94,2% dos brasileiros que vivem com até US$6,85 diários possuem um telefone, enquanto 96,5% têm uma geladeira em casa.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada ontem, 4 de novembro. O estudo revelou que os celulares se tornaram uma ferramenta de geração de renda, transformando-os em uma necessidade básica.
Entre 2016 e 2023, a posse de telefones nesse grupo cresceu de 34,7% para 81,8%. No mesmo período, o acesso à internet cresceu de 68,6% para 92,9% nessa mesma população.
A situação se inverte nas residências em geral, onde 98,5% possuem geladeiras e 98,2% têm celulares.
Os números indicam ainda um aumento do acesso à internet entre os extremamente pobres, que recebem até US$2,15 por dia.
O IBGE aponta que 70,8% dos entrevistados possuem uma moto em casa, enquanto 51,4% têm um carro na garagem.
Entre a população pobre, 24,5% possuem um carro, enquanto entre os extremamente pobres essa porcentagem cai para 16,3%
Houve ainda queda no número de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, de 31,6% em 2022 para 27,4% em 2023.
A taxa de extrema pobreza também diminuiu de 5,9% para 4,4%. De posse desses dados, é possível para o governo planejar as políticas públicas de atendimento à população para que esse índice continue em queda.
No entanto, para que a redução da pobreza seja sustentável, é necessário um maior envolvimento da população.
Segundo o economista Hélio Beltrão, embora políticas governamentais eficazes sejam importantes, não são suficientes por si só.
Em entrevista ao Contraponto, ele destacou que a verdadeira transformação ocorrerá quando os cidadãos assumirem um papel ativo na solução desses problemas sociais, em vez de esperar pela intervenção do governo.
“Não depende apenas do governo, mas de nós, cidadãos responsáveis, que queiram efetivamente fazer a diferença”.
Assista abaixo a entrevista completa:
Os dados do IBGE sugerem uma mudança de paradigma na sociedade. Enquanto a população em geral considera ter uma geladeira, os mais pobres veem nos smartphones uma oportunidade de ganhar dinheiro.
Além disso, mostrou queda na pobreza no Brasil. De posse dessa estatística, as administrações públicas têm um norte para planejar o atendimento à população e assim fazer o índice de pobreza cair ainda mais.
Para economistas como Hélio Beltrão, a erradicação da pobreza passa também pela responsabilidade civil, além do planejamento governamental.
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