O termo primeira-dama surgiu nos Estados Unidos e passou a ser adotado oficialmente a partir do governo de Grover Cleveland, entre 1885 e 1889. Ela era chamada de “primeira-dama da nação”. Quando o Brasil se tornou uma República, ele seguiu o modelo americano.
Ao contrário do que muitos pensam, a primeira-dama não possui nenhuma obrigatoriedade administrativa. Ela ocupa uma posição simbólica e, tudo o que ela venha a fazer, é voluntário e não remunerado.
Contudo, esse cargo possui muito poder simbólico pela proximidade com o presidente. Tem sido comum ver as esposas dos chefes da nação usarem desse poder para se envolverem em causas sociais.
Um exemplo no Brasil foi a esposa de Fernando Henrique Cardoso, Ruth Cardoso, que atuou em ações sociais por todo o país. Ela dizia que "ao contrário dos homens, que seriam competitivos, as mulheres são colaborativas e precisam ser colocadas no centro das políticas de desenvolvimento".
A esposa de Getúlio Vargas, Darcy Vargas, também teve uma atuação relevante em temas sociais. Mas como atuaram as últimas primeiras-damas do Brasil? Leia um histórico das atuações de Marisa, Michelle, Marcela e Janja:
Marisa Letícia Lula da Silva nasceu em 1950 em São Bernardo do Campo. Ela foi a segunda esposa de Luiz Inácio Lula da Silva, servindo como primeira-dama do Brasil de 2003 a 2011.
Filha de imigrantes italianos, trabalhou desde cedo, atuando como embaladora e inspetora de alunos antes de conhecer Lula. Seu envolvimento político começou com a militância sindical ao lado do marido, incluindo a confecção da primeira bandeira do Partido dos Trabalhadores.
Marisa desempenhou um papel significativo durante as greves do ABC, liderando a Passeata das Mulheres em apoio aos sindicalistas presos, incluindo Lula.
Durante seu tempo como primeira-dama, recebeu críticas por não liderar projetos sociais destacados.
Em 2016, foi implicada em investigações da Lava Jato, mas as acusações foram extintas após sua morte. Marisa faleceu em 2017 após um AVC.
Marcela Tedeschi Araújo Temer nasceu em em Paulínia em 1983. Desde 2003, é a esposa do ex-presidente Michel Temer.
Durante seu período como primeira-dama do Brasil, de 2016 a 2019, destacou-se por seu envolvimento em políticas sociais, especialmente como Embaixadora do Programa Criança Feliz, que apoia o desenvolvimento infantil e integra saúde, educação e assistência social.
Formada em Direito, Marcela usou sua formação para apoiar suas iniciativas sociais. Conhecida por seu estilo discreto e elegante, ela também participou de eventos diplomáticos e culturais, promovendo o bem-estar das crianças.
Em 2016, a revista VEJA publicou uma matéria a classificando como “bela, recatada e ‘do lar’”, adjetivos que se popularizaram bastante à época e se cristalizaram na mente do público como a descrição de Marcela Temer.
Michelle Bolsonaro nasceu em Brasília em 1982. Tornou-se conhecida pelo seu discurso em Libras na posse presidencial de Jair Bolsonaro, destacando seu compromisso com causas sociais, especialmente para pessoas com deficiência. Foi primeira-dama do Brasil entre 2018 e 2022.
Criada em Ceilândia, trabalhou como promotora de eventos e secretária parlamentar na Câmara dos Deputados, cargo que ocupava quando conheceu Jair Bolsonaro. Como primeira-dama, Michelle se envolveu ativamente em causas sociais, focando na inclusão das pessoas com deficiência e na valorização da comunidade cristã.
Ela desempenhou um papel crucial na promoção de políticas públicas voltadas para melhorias no atendimento a pessoas com deficiência, como a ampliação do acesso a materiais educativos em Libras e o apoio a instituições de caridade.
Nas eleições de 2022, Michelle esteve presente nas campanhas, ajudando a fortalecer a imagem de Jair Bolsonaro junto ao público feminino e evangélico, ressaltando seu caráter e defesa de valores familiares.
Rosângela Lula da Silva, mais conhecida como Janja, é a atual primeira-dama do Brasil e esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nascida em 1966 em União da Vitória, Paraná, Janja é socióloga e membro do Partido dos Trabalhadores desde 1983. Com uma longa carreira em políticas sociais e sustentabilidade, trabalhou em projetos como a Usina de Itaipu.
Janja se tornou primeira-dama em 1º de janeiro de 2023, coordenando eventos significativos como o Festival do Futuro na posse de Lula.
Ela é ativa em debates sobre temas como segurança alimentar, cultura e igualdade de gênero. Janja se classifica como feminista.
Em abril de 2023, assumiu a coordenação da Rede de Inclusão e Combate à Desigualdade da Organização dos Estados Ibero-americanos no Brasil.
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