Israel lança contraofensiva um dia após o atentado terrorista do Hamas. As Forças Armadas israelenses destruíram cerca de 800 alvos na Faixa de Gaza, de acordo com comunicado à imprensa do contra-almirante Daniel Hagari.
A contraofensiva começou por volta das 3h45 da madrugada de domingo (horário local, 19h45 de sábado em Brasília), segundo informações do jornal O Globo.
Hagari, porta-voz das Forças Armadas israelenses afirma que:
Parte dos infiltrados tentou fugir para Gaza, mas acabou morta na cerca, disse o porta-voz. Ele declarou que ainda há forças inimigas em Israel.
“Estamos no meio de uma guerra; primeiro lutaremos e depois investigaremos”. afirmou Daniel Hagari. O almirante afirma que o povo israelense merece respostas e é responsabilidade do governo fornecê-las.
O militar prometeu ainda caçar os "terroristas onde quer que estejam". O porta-voz destacou a atuação das forças israelenses em áreas de confronto como:
Hagari afirmou que a Força Aérea de Israel está operando com capacidade total.
Entre os palestinos, alguns comemoram o atentado que consideraram uma vitória contra Israel. Outros estavam com medo, temendo uma retaliação mortal.
Mesmo não defendendo o Hamas, a maior parte da população palestina é contra o Estado de Israel. Segundo a pesquisa apresentada pela Washington Institute for Near East Policy, em junho de 2014:
O atentado do Hamas provocou uma relatialiação por parte do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que declarou no sábado que o seu país estava em guerra, prometendo uma “poderosa vingança por este dia negro”.
O Ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, disse à CNN neste domingo (8) que mais de 600 pessoas foram mortas em Israel e que o número de mortos provavelmente aumentará.
O Ministério da Saúde palestino disse que 370 palestinos foram mortos em seu território e outros 2.200 ficaram feridos.
Salim Hussein, 55 anos, perdeu a sua casa quando seu prédio foi alvo de um ataque aéreo israelense. Ele morava no primeiro andar e disse à CNN que ele e sua família receberam avisos de Israel momentos antes do prédio ser atingido.
Hussein disse não saber por que a torre foi atingida. Ele havia se mudado com sua família há apenas cinco meses.
“Saímos [do prédio] apenas com as roupas que vestimos”, disse ele à CNN, acrescentando que ele e sua família agora não têm mais nada e nem para onde ir.
Muitos palestinos tentaram fugir para Israel pela passagem de Erez, mas não conseguiram sair de Gaza porque o local se tornou um campo de batalha entre o Hamas e as forças israelenses.
Netanyahu declarou no sábado que Israel interrompeu o fornecimento de “eletricidade, combustível e bens” à Faixa de Gaza.
Desde então, a energia só está disponível em média quatro horas por dia, abaixo das oito horas habituais.
Israel fornece a maior parte da eletricidade de Gaza. A conectividade com a internet também tem sido instável na região.
A Faixa de Gaza está quase completamente isolada do resto do mundo há quase 17 anos. Governado pelo Hamas desde 2007, o enclave está sob cerco estrito do Egito e de Israel, que também mantém um bloqueio aéreo e naval a Gaza.
A região foi descrita pela organização não governamental Human Rights Watch como a “maior prisão ao ar livre do mundo”.
Os habitantes de Gaza viram ataques israelenses devastarem a faixa em diversas ocasiões desde que as forças israelitas se retiraram do território em 2005. Os combates ocorrem regularmente entre Israel e facções palestinas em Gaza, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica.
As forças israelenses afirmaram que agora estão se concentrando em assumir o controle da Faixa de Gaza e instaram os civis a deixarem imediatamente as áreas residenciais perto da fronteira para sua segurança, enquanto as operações militares israelenses continuam a atingir o Hamas.
A maioria dos habitantes de Gaza não têm como fugir da zona sitiada. Todas as passagens para fora do território estão fechadas, com exceção da passagem de Rafah, fortemente controlada pelo Egito.
Hani El-Bawab, 75 anos, disse que ele e sua família de quatro pessoas passaram a noite acordados, temendo ataques aéreos. A torre adjacente à sua casa foi atingida por Israel durante a noite, desabando sobre a sua própria casa e deixando ele e sua família desabrigados.
“Não sei o que fazer”, disse El-Bawab. Ele agora mora na rua, enquanto sua esposa fica na casa de um conhecido.
Os palestinos em Gaza, segundo ele, vivem em “pânico e medo”, preparando-se a cada momento para que uma bomba caia num edifício. “Eu só quero uma casa para morar com meus filhos. Eu só quero abrigo”, disse ele à CNN.
No entanto, ele não lamenta o ataque do Hamas a Israel. “Sempre são eles [Israel] que nos atacam”, disse ele.
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