Há três dias, alguns veículos como Hoje em Dia, CartaCapital e Veja noticiaram falas do constitucionalista Ives Gandra da Silva Martins fora de contexto, causando espanto, tamanha a deturpação das matérias.
Respostas suas a um major estudante do curso de Comando e Estado-Maior do Exército em 2017, no qual é professor emérito, foram noticiadas como se fossem respostas dadas em 2022 ao coronel Mauro Cid.
Essas respostas, deslocadas de seu contexto original e das intenções de Ives Gandra no período, serviram para manchetes que insinuavam o uso do Artigo 142 da Constituição para orquestrar um golpe de Estado.
Assim que tomou conhecimento das matérias, Ives Gandra prontamente explicou que jamais acreditou em um golpe de Estado acontecendo no Brasil.
“Todos os meus seguidores, desde agosto, têm me ouvido dizer que não haveria jamais possibilidade de golpe no Brasil, porque as Forças Armadas, escravas da Constituição, jamais o fariam.”
Para Ives, a chance de um golpe de Estado sempre foi de zero, multiplicado por zero, dividido por zero. Em seu Instagram, relembrou que sempre disse aos seus seguidores que a possibilidade de golpe era nula, já que isso não se dá sem apoio das Forças Armadas e elas jamais se prestariam a isso.
Como professor emérito da Escola de Comando Estado Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, atestou que conhece a qualidade, o valor e o patriotismo dos militares.
“Jamais fui favorável, sou favorável ou serei favorável a qualquer golpe de Estado. Jamais considerei a possibilidade de havê-lo, sempre considerei impossível, porque as Forças Armadas são escravas da Constituição.“
Quanto às deturpações que fazem em relação ao Artigo 142, relembrou sua interpretação: o artigo em questão não serve, absolutamente, para desconstituir poderes.
“É evidente que não serve para desconstituir poderes, para romper a constituição. O artigo está lá para a garantia dos poderes”, respondeu Ives Gandra em entrevista à Oeste Sem Filtro.
O jornalista Alexandre Garcia também comentou o caso, em favor de Ives Gandra:
“Adepto fervoroso da democracia e das liberdades. Transformaram em noticiário da realidade um fato de 2017.”
Em suas redes sociais, Ives Gandra costuma declamar sonetos dedicados a sua esposa, às segundas-feiras. Relembrando o tempo em que ela o ouvia fazer considerações sobre política até quando o governo não gostava do que ele dizia, compôs um soneto tendo-a por interlocutora e descrevendo o último ocorrido.
Mídia Imprecisa
"Querida, uma vez mais, em minha luta
A imprensa me atacou, mas sem dizer
Que sempre defendi, mesmo em disputa,
A lei qualquer que fosse o parecer.
Te lembras quando eu era presidente
Do mais velho Instituto de Direito
Pela democracia em nossa gente
Eu sempre batalhei sem preconceito.
De novo tenho, pois, que tornar claro
Que nunca articulei um atentado,
Mas disseram, na mídia, sem amparo,
Que eu inspirava golpes contra o Estado.
Como, no antanho, deste sempre apoio,
Me ajudarás a sepultar o joio".
No vídeo em que declama o soneto em sua própria voz, também comenta:
“Muitos se alimentam de ódio, eu pessoalmente só faço observações atacando ideias ou descrevendo fatos. Mas não ataco jamais as pessoas, porque as pessoas, elas, evidentemente, podem ter as posições que quiserem numa democracia. Esses que me atacaram, enfim, que eles sejam como eles são e eu seja como eu sou. Eu não vou condicionar minha maneira de ser”.
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