O Brasil está enfrentando os primeiros indícios de piora no cenário econômico, com dificuldades para cumprir com a meta fiscal, aumento no déficit público e na dívida brasileira.
O governo Lula também aparenta passar por um enfraquecimento das relações com a mídia e com o centrão, causados principalmente pela repercussão internacional das acusações de Elon Musk contra Alexandre de Moraes.
A previsão de economistas para o cálculo da taxa Selic do final deste ano teve um aumento de 0,13%, de acordo com matéria da Folha de São Paulo.
A taxa representa um parâmetro pelo qual são calculados os juros para empréstimos em bancos de todo o país.
Uma previsão de aumento no valor da Taxa Selic é por si só um péssimo sinal para a economia, já que impossibilita muitas tomadas de empréstimos.
Esta notícia vem acompanhada de outras que apontam para um futuro pessimista.
A inflação brasileira segue palpável e o país ocupa o posto de sétima maior inflação do G20, com uma taxa acumulada de 3,9% anuais, segundo matéria do Poder 360.
Na segunda-feira 15/04, o governo anunciou uma mudança na meta fiscal, substituindo a previsão de superávit primário de 0,5% do PIB por uma previsão de déficit zero para 2025, segundo o portal G1.
Na prática, o movimento desmascara a dificuldade que o governo vem enfrentando para controlar os gastos públicos.
O resultado do afrouxamento da meta fiscal foi uma alta no preço do dólar americano, que chegou a R$5,27 no dia do pronunciamento, além de queda na Bolsa de valores brasileira, de acordo com matéria no portal Uol.
As projeções para o déficit primário também pioraram de acordo com o FMI, o que significa um desequilíbrio entre os valores gastos e arrecadados nas contas públicas.
A previsão do Fundo Monetário Internacional para o déficit brasileiro deve ser de 0,6% do PIB em 2024 e 0,3% em 2025, de acordo com o Jornal Metrópoles.
O endividamento brasileiro também apresentou aumento ao longo do primeiro ano do novo governo Lula.
Em 2022 o valor da dívida pública nacional era R$5,951 trilhões. Ao final de 2023, o número aumentou 9,52%, atingindo R$6,52 trilhões, segundo Agência Brasil.
Para Ricardo Gomes, apresentador do programa Magna Carta, o avanço dos problemas econômicos podem levar a um aumento da insatisfação popular e até retomar as grandes manifestações de rua.
Os problemas econômicos batem à porta do governo federal em uma semana ativa que acarretou em dificuldades relacionadas à mídia e ao apoio político no legislativo.
As acusações de Elon Musk contra Alexandre de Moraes estão entre os fatores que contribuem para um possível afastamento entre governo e congresso.
Arthur Lira retirou o “PL das Fake News” da ordem de votação para que fosse feita uma comissão para avaliar o projeto de lei.
Para Ricardo Gomes, a decisão de Lira pode afastar o centrão do governo de forma ainda mais intensa.
A mídia também apresenta sinais de afastamento com algumas posições do governo, fenômeno causado principalmente por conta da repercussão internacional das acusações de Musk contra o judiciário brasiuleiro.
Apesar disso, veículos como Globo e Veja ainda se posicionaram alinhados às medidas de Moraes e lamentaram as decisões de Lira sobre a PL apoiada pelo governo.
Ricardo Gomes também destaca os limites dos editoriais de veículos grandes como Estadão e Folha de São Paulo, uma vez que estes continuam a publicar matérias com conteúdo favorável às medidas do STF.
Para o apresentador:
“A imprensa brasileira, que nos editoriais entendeu o que se passa, não conseguiu transpor esta visão para as redações, que se mantêm lotadas de opiniões pró censura.”
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