O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, anunciou na quinta-feira, 20, que os EUA redirecionarão para a Ucrânia os armamentos antiaéreos do tipo Patriot e NASAM. Países aliados que adquiriram os sistemas de defesa terão que esperar por novas produções.
Ambos são armamentos que disparam mísseis terra-ar para interceptar caças ou foguetes russos. Os dois são capazes de serem transportados em solo para defender tropas e estruturas.
Os sistemas antiaéreos que a Ucrânia possuía antes da guerra eram, em sua maioria, equipamentos remanescentes da era soviética, como o S-300 e o sistema Buk.
Os equipamentos de origem russa, apesar de serem eficientes em interceptar alvos em baixa velocidade, como drones e mísseis de cruzeiro, são limitados contra recursos mais rápidos do exército russo, como mísseis balísticos.
A priorização deverá atrasar o envio do armamento para outros aliados americanos que já pagaram pelo produto. Os equipamentos adquiridos por Taiwan, que é considerado um aliado estratégico, não serão afetados pela decisão.
O anúncio acontece pouco tempo depois do encontro entre Joe Biden e Zelensky na Itália, ter sido realizado em paralelo à reunião do G7. Durante o encontro, Zelensky havia pedido pelos armamentos diretamente ao americano.
O porta-voz emitiu uma dura declaração contra o governo russo enquanto falava sobre o redirecionamento:
"Se você acha que será capaz de sobreviver à Ucrânia, e se você acha que será capaz de sobreviver àqueles de nós que apoiam a Ucrânia, você está completamente errado."
A decisão foi tomada em um momento crítico para o conflito Rússia-Ucrânia, com diversos bombardeios russos atingindo centrais de energia no país ao longo de uma ofensiva poderosa do exército do Kremlin.
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