Elon Musk respondeu às acusações de ter feito um gesto Nazista durante a posse de Donald Trump. O empresário afirmou que seus críticos precisam de novos "truques sujos" para atingi-lo.
Ele escreveu em sua conta no X:
“Ataques do tipo 'todo mundo é Hitler’ estão tão desgastados”.
O gesto em questão foi colocar a mão no peito e estender o braço diagonalmente, algo interpretado por alguns como semelhante a uma saudação nazista.
Os apoiadores de Musk enfatizaram que suas palavras poderiam ser interpretadas como um gesto de “lançar o seu coração ao público”, especialmente após ele ter subido ao palco e declarado:
“Esta não foi uma vitória comum. Esta foi uma bifurcação na estrada da civilização humana. Esta realmente importou. Obrigado por fazer acontecer! Obrigado”.
Ao finalizar o gesto, disse:
“Meu coração está com vocês. É graças a vocês que o futuro da civilização está garantido”.
Outra interpretação possível é a de que simbolize a “Saudação Bellamy”, criada em 1892 para ensinar crianças a jurar a bandeira americana nas escolas.
O cumprimento deixou de ser adotado nos anos 1930, devido à sua semelhança com a saudação nazista. Hitler e seus seguidores costumavam utilizá-lo para se cumprimentarem durante a Segunda Guerra Mundial, época em que milhares de pessoas foram assassinadas pelo regime.
No entanto, gestos semelhantes ainda são utilizados por políticos. Fotos de figuras como Barack Obama e Hillary Clinton fazendo o gesto foram resgatadas nas redes sociais.
Críticos de Musk o veem negativamente por seu histórico de não banir conteúdos antissemitas do X, enquanto ele argumenta que suas ações são mal interpretadas.
De acordo com informações do portal The Atlantic, imagens congeladas e vídeos do evento em Washington mostram Musk no palco, o que transmitiu a alguns historiadores a impressão de se tratar do mesmo gesto que Hitler fazia para saudar seus seguidores.
Uma delas foi Claire Albin, professora de história da Universidade de Edimburgo. Especialista na área, ela tem um doutorado intitulado “De Treblinka a Trenton: perpetradores do Holocausto como imigrantes nos Estados Unidos”.
Em sua conta no X, escreveu que Musk fez um gesto nazista, que chamou de “manobra depravada”:
O nazismo governou a Alemanha e parte da Europa nos anos 1930 e metade da década de 1940. Suas características principais eram:
Leia o artigo completo da Brasil Paralelo sobre o que foi o Nazismo.
Contrariando a análise de Claire, apoiadores de Elon Musk acredita que ela tenha feito a "Saudação Bellamy".
O gesto foi criado em 1892 junto com o Juramento de Fidelidade aos Estados Unidos, também conhecido como o “juramento à bandeira”. Era usado nas escolas para ensinar às crianças o amor à pátria.
Inspirado no "Saluto Romano" do Império Romano, foi usado pela primeira vez durante as celebrações do 400º aniversário da viagem de Colombo à América, como parte de uma campanha patriótica para promover a unidade nacional pós-Guerra Civil.
Seu uso foi descontinuado nas escolas na década de 1930 devido à semelhança com a saudação nazista "Heil Hitler".
Em 1942, o Congresso dos EUA determinou que os alunos passassem a colocar a mão sobre o coração no lugar da “Saudação Bellamy”.
A historiadora Claire Albin discorda que essa justificativa seja válida para Musk, expressando sua opinião no X.
“Se alguém tentar usar a desculpa do "saludo romano" (um clássico), sugiro lembrar que tanto Mussolini quanto Hitler usaram a mesma fonte de inspiração, e a versão americana (o Bellamy salute) caiu em desuso à medida que as conotações fascistas se tornaram mais evidentes”.
Entretanto, a retirada do gesto nas escolas não impediu o uso da "Saudação Bellamy"depois da guerra.
Internautas resgataram fotos de Barack Obama, Hillary Clinton e a ex-vice-presidente Kamala Harris fazendo a mesma saudação. Segundo eles, o gesto era inofensivo. Veja fotos compartilhadas por um internauta em resposta Claire:
As alegações desagradaram Claire, que escreveu:
“Se todos vocês cantassem a mesma música, eu diria que isso significa que vocês estão no mesmo coro”.
O jornalista especializado em tecnologia Charlie Warzel afirma em seu artigo no The Atlantic que a interpretação do gesto de Musk pode estar ligada à forma como seus críticos o veem.
Ele explica que Musk está sendo criticado por seu histórico, que inclui não expulsar do X pessoas que fazem comentários antissemitas.
No entanto, deixa claro que todas são baseadas em análises de fotos e vídeos de ângulos específicos.
Musk por sua vez, manifestou estar “cansado” de que todo gesto que desagrade “seja tratado como nazista”.
A controvérsia em torno do assunto reforça a importância de se informar através de fontes isentas e confiáveis.
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