Ativistas queimaram uma bandeira dos EUA após discurso de posse de Trump. O novo presidente disse que pretende retomar o controle americano sobre a via navegável, que segundo ele está “dominado pela China”.
Os manifestantes se reuniram na porta da embaixada americana na Cidade do Panamá, capital do país caribenho. Alguns carregavam bandeiras panamenhas e uma faixa que dizia:
“O Canal do Panamá não está à venda.”
Na mesma faixa, aparecia uma imagem de Donald Trump com uma suástica, símbolo associado aos Nazistas, desenhada na boca.
Saúl Méndez, secretário-geral do maior sindicato trabalhista do país, foi um dos líderes do movimento. Em entrevista ao jornal La Nación, ele disse:
“Nem Trump, nem os gringos, nem seu exército, nem seu governo têm nada no Panamá. O que está no Panamá pertence aos panamenhos. O canal é do Panamá, a soberania é do Panamá e a autodeterminação é do Panamá”.
Veja um vídeo do protesto:
Trump afirmou que os americanos voltariam a controlar a região “à força” se preciso. Segundo ele, o canal foi “um presente dos EUA para o Panamá”.
“Não o demos à China, demos ao Panamá e estamos tomando de volta”.
Os Estados Unidos construíram o canal no início dos anos 1900, visando facilitar o trânsito de embarcações comerciais e militares entre os dois países.
Conforme informações da AP News, Washington cedeu o controle da via navegável ao Panamá em 31 de dezembro de 1999, sob um tratado assinado em 1977 pelo presidente Jimmy Carter.
O panamenho Luis Barrera disse à AP News que “o Panamá lutou arduamente para recuperar o canal e o expandiu desde que assumiu o controle”.
"Sinto-me realmente desconfortável, é como quando você é grande e tira um doce de uma criança pequena".
O protesto marcou uma das primeiras reações negativas à posse de Donald Trump. Além da manifestação no Panamá, Hillary Clinton gargalhou abertamente ao ouvir a intenção dele em mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América.
Parte de suas promessas de campanha já foram cumpridas ontem, quando ele assinou cerca de 100 ordens executivas ao voltar à Casa Branca.
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