A perspectiva de uma recessão global em 2023 marcou a reunião de abertura do Fórum Econômico Mundial, ontem (16), em Davos, na Suíça. Dois terços dos economistas dos setores público e privado entrevistados pelo Fórum esperam uma grande crise ainda este ano.
De acordo com a agência Reuters, a pesquisa foi baseada em 22 respostas de um grupo de economistas seniores de agências internacionais, incluindo o Fundo Monetário Internacional, bancos de investimento, multinacionais e empresas de resseguros.
Cerca de 18% dos entrevistados consideram a recessão "extremamente provável" - mais que o dobro da última pesquisa, realizada em setembro de 2022.
Um terço dos entrevistados na pesquisa do Fórum Econômico Mundial considera improvável que uma grande crise se instale em 2023.
Em comunicado, a diretora administrativa do Fórum Econômico Mundial, Saadia Zahidi, explicou as razões da projeção negativa para o planeta:
“A alta inflação, o baixo crescimento e a alta dívida reduzem os incentivos para os investimentos necessários para voltarmos ao crescimento e elevarmos os padrões de vida dos mais vulneráveis do mundo”, enumerou.
Na última semana, o Banco Mundial reduziu as previsões de crescimento para 2023 em diversos países, prevendo um cenário "próximo de uma recessão". O motivo do recuo seria o impacto dos aumentos das taxas de juros e a guerra da Rússia na Ucrânia.
"A maioria dos economistas vê mais aperto na política monetária na Europa e nos Estados Unidos (59% e 55%, respectivamente), com autoridades presas entre os riscos de apertar demais ou de menos", informou a Reuters.
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