Uma ex-atriz pornô descobriu uma nova motivação para sua vida após uma viagem a Roma e Assis, na Itália. Segundo o site Church POP, Bree Solstad abraçou o cristianismo após uma experiência com Deus dentro de igrejas católicas.
Enquanto visitava templos em Assis e Roma, ela sentiu que Deus “a estava chamando” e queria “perdoar seus pecados”. Então, saiu do trabalho e mudou de vida, compartilhando sua jornada em seu perfil no X.
Agora, usa suas redes sociais para ajudar quem está viciado em pornografia. Relatou receber incontáveis mensagens de pessoas que tiveram a vida destruída pelo vício.
“Graças a Deus minha conta no X se tornou uma espécie de programa de extensão. As pessoas me mandam mensagem pedindo ajuda e, em muitos casos, falo de como a igreja pode ajudá-los em suas jornadas. Também estou rezando por todos eles.”
No entanto, não se considera qualificada para aconselhar alguém. Apenas ajuda como pode diante dos desabafos. Para aqueles que ainda estão presos nesse mundo, seja por vício ou por trabalhar com isso, afirma:
“Jesus te ama. Ele não quer isso para a sua vida. O pecado rompe seu relacionamento com Ele, mas todos podem ser perdoados. Ele quer perdoar você. Basta pedir."
Os males do vício em pornografia foram abordados no podcast Conversa Paralela, da Brasil Paralelo. Bruno Lamoglia e Pedro Augusto explicaram as consequências desses e de outros vícios na vida das pessoas. Assista gratuitamente. A seguir, conheça mais sobre a história de Bree.
Apesar de muitos elogios de seguidores pela sua escolha, a mudança de vida não trouxe apenas palavras positivas.
Quem a conhecia quando ainda trabalhava na pornografia costuma debochar de sua conversão, duvidando que de que foi sincera. Sobre isso, Bree decidiu ressignificar:
"Encarei a crueldade deles como uma forma de fazer penitência pelos meus pecados passados e pedi ao Senhor que usasse qualquer sofrimento que eu enfrentasse para ajudar outros que precisassem de Sua cura."
Sua vida na indústria pornográfica começou ainda na faculdade, período que descreve como de “promiscuidade desregrada”.
“Comecei a beber demais e relatar minhas experiências em um blog, o que chamou a atenção de uma prostituta bem-sucedida”.
A mulher convidou-a para entrar no mundo da prostituição e da pornografia.
"Ela me mostrou o caminho das pedras e me apresentou a algumas pessoas importantes no meio, que poderiam me ajudar a ganhar o máximo de dinheiro possível. Eu não tinha noção do certo e errado e só pensava em mim mesma."
Bree trabalhou na indústria por dez anos, até que em 2023 tudo mudou. Durante uma visita meramente turística a igrejas italianas, notou algo além da arte nos detalhes das construções.
“Por razões que ainda não consigo explicar, me peguei ajoelhando para fazer o sinal da cruz quando entrava e saía das igrejas”.
Quando chegou na cidade de Sorrento, cerca de 270 km ao sul de Roma, sentiu algo diferente ao olhar para as imagens de Maria, a mãe de Jesus.
"Toda vez que eu entrava em uma igreja, sentia uma necessidade de procurá-la".
A sensação ficou mais forte ao entrar em contato com a história de Santa Clara de Assis. Ela contou que se ajoelhou ao lado do túmulo de Santa Clara e pediu ajuda.
Sentiu como se a santa estivesse realmente presente e que lhe ajudou a aliviar sua dor e ansiedade. Depois disso, decidiu entregar seus sofrimentos a Deus.
"A sensação era de que Santa Clara me dizia que eu poderia confiar nela e em Jesus de coração aberto. Chorei, mas também senti uma paz que não sentia há muito tempo”.
Depois disso, Bree Solstad foi a Florença e Roma. O que era para ser um passeio, tornou-se uma jornada de devoção.
Ela relatou que se concentrava em entender a teologia por trás da arte Sacra, além de se ajoelhar em todas as igrejas que entrava. Começava aí seu caminho rumo ao catolicismo.
Ao retornar para casa, decidiu deixar a indústria pornográfica de vez. Descobriu-se descontente com sua profissão e com tudo o que estava relacionado a ela.
"Não conseguia parar de pensar em tudo que tinha feito e nas vidas que impactei negativamente com a pornografia. Me sentia mal comigo mesma."
Por causa do que viveu em Roma, começou a frequentar a igreja Católica de sua cidade. Tinha a esperança de se reconectar com o que sentiu durante a viagem. Tempo depois, marcou uma conversa com o pároco local.
“Ele me disse que Deus me amava. Que Deus respondeu às minhas preces de anos atrás, guiando-me até a igreja dEle e me ajudando a enxergar a verdade sobre os pecados que eu cometia com meu estilo de vida. Disse ainda que Ele estava me empurrando para crescer em virtude e me afastar do pecado, para que eu pudesse estar com Ele e com meu ente querido no Céu”.
Inspirada pelas palavras do religioso, decidiu iniciar sua conversão. Antes, precisou enfrentar preconceitos enraizados por traumas e sua criação protestante.
Bree cresceu como luterana, mas se afastou de qualquer espiritualidade após passar por uma tragédia alguns anos atrás. Ela não descreve exatamente o que lhe aconteceu, mas que passou a rezar mais do que de costume desde o evento.
Contudo, sentia que Jesus não respondia. Foi quando decidiu se afastar.
"Senti que Deus tinha me virado as costas, então eu fiz o mesmo com Ele”.
A partir disso, se distanciou totalmente da fé e adotou um estilo de vida marcado por bebidas, drogas e promiscuidade.
Apesar de não praticar sua fé nem ter uma vida religiosa ativa, ainda se considerava cristã por conta de sua criação na infância. O afastamento e alguns “preconceitos” anticatólicos, que herdou da infância, tornaram a jornada rumo ao catolicismo mais desafiadora.
Começou a frequentar o Rito de Iniciação Cristã Para Adultos (RICA) em sua paróquia. Trata-se de uma catequese especial para as pessoas que se convertem ao catolicismo depois de adultas.
Como questionava muitas coisas, dedicou-se a estudar a fé e teve certeza de que ali era o seu lugar.
Como o batismo luterano é aceito pela Igreja Católica, ela precisou apenas se preparar para receber o Sacramento do Crisma e da Eucaristia.
Durante a vigília de Páscoa, em 30 de março de 2024, professou sua fé publicamente e recebeu os Sacramentos. Descreve sua primeira comunhão como “a mudança de toda a sua vida”.
“Chorei de alegria depois de receber o Corpo e o Sangue de Jesus, e minha vida nunca mais será a mesma.”
Bree também relata a emoção de se confessar, o que para ela representou sentir a “misericórdia de Deus” por todo o corpo.
“Eu chorei muito, mas eram lágrimas de purificação. A vergonha e o constrangimento deram lugar a um sentimento de admiração por Ele realmente me perdoar e me absolver de todos os meus pecados”.
Nos últimos meses, sente que sua vida está mais leve dor em sua vida diminuir. Em suas palavras, “experimentou momentos de amor e caridade pelos outros, que surgiam de maneira inesperada”.
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