Estudo revela como pode ter sido o rosto de São Tomás de Aquino

Um desafio técnico e histórico

A reconstrução facial enfrentou diversos desafios. Em uma entrevista ao National Catholic Register, Moraes destacou que a principal dificuldade foi recriar as partes ausentes do crânio.

"Felizmente, contamos com ferramentas que utilizam medições baseadas em tomografias de pessoas vivas. Graças a isso, foi possível reconstruir o volume completo do crânio."

Para o hogiólogo José Luís Lira, que também contribuiu na pesquisa, essa imagem simboliza um marco na devoção ao santo:

• Hagiologia é a matéria que estuda os santos e as coisas sagradas.

"Nos alegra saber que inúmeras pessoas que admiram o santo e seus escritos agora podem visualizar seu rosto, graças a essa aplicação da ciência. É emocionante ter sua imagem ao lado de seus livros e escritos em nossas bibliotecas, oratórios e igrejas."

Outros rostos que podemos ver nos dias de hoje

A reconstrução facial de São Tomás de Aquino marca uma nova forma de olhar para os personagens da história. Alguns rostos são possíveis de reconhecer graças à prática antiga da máscara mortuária.

A máscara mortuária foi um costume nas culturas ocidentais no qual era feita uma máscara de cera ou gesso que era colocada sobre o rosto de uma pessoa recém-falecida, para que as gerações lembrassem de seu rosto.

Algumas máscaras que chegaram aos dias de hoje são:

São Filipe Néri, sacerdote católico nascido em Florença que ficou conhecido como "Apóstolo de Roma" e viveu no século XVI.

Martinho Lutero, nascido em Eisleben, no Sacro Império Romano-Germânico. Lutero foi responsável pela Reforma Protestante e viveu no século XVI.