Deixar tarefas pela metade de forma habitual é correto? Em entrevista a UOL, a psicóloga Blenda de Oliveira, psicanalista pela SBPSP (Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo), explica que isso pode ser negativo:
“Ao interromper tudo, acumula-se ao longo da vida uma sensação de incompletude, e a pessoa começa a duvidar da sua capacidade, porque não vê nada realizado”.
Para Blenda, a dificuldade de amadurecer pode estar ligada a um discurso muito comum que as últimas gerações têm ouvido: aquele que afirma que o importante é sermos felizes o tempo todo.
“Nunca terminar o que se começa vai além de um mau hábito. Está relacionado a medos, incertezas e hesitações que uma pessoa pode ter na vida. Ocorre com mais frequência do que se imagina”, diz a psicóloga Sâmia Simurro, mestre em neurociências e comportamento pela USP (Universidade de São Paulo) em entrevista ao UOL.
Esse processo está ligado a uma autossabotagem. Cada vez que uma tarefa é deixada pela metade, mais a pessoa terá dificuldades de mudar esse cenário no futuro.
O psiquiatra Viktor Frankl diagnosticou esse problema na primeira metade do século XX e afirmou que a situação pioraria nas próximas gerações. Para Frankl, grande parte das pessoas do mundo moderno esqueceram que é mais importante ter um objetivo importante na vida do que se sentir bem o tempo todo.
O século XXI chegou e confirmou as previsões de Frankl: em 2017, a Organização das Nações Unidas considerou a depressão o mal do século.
Deixar atividades pela metade pode ser um sintoma de algo mais sério, mas estabelecer metas para concluir atividades culturais relevantes pode ser o início de um processo de desenvolvimento pessoal.
No livro 12 Regras Para a Vida, o psicólogo Jordan Peterson dá uma de suas principais dicas:
"Busque o que é significativo, não o que é conveniente".
Deixar conteúdos importantes pela metade não é benéfico, já que muitas informações importantes acabam ficando de fora.
Esse pode ser o caso de alguns daqueles que assistiram os três primeiros episódios do Épico História do Comunismo no canal do YouTube da Brasil Paralelo.
Metade da produção foi disponibilizada gratuitamente no canal do YouTube da Brasil Paralelo. A intenção é divulgar um tema importante para o maior número de pessoas. A outra metade está sendo disponibilizada apenas para os assinantes do streaming, porque pela contribuição deles, tem-se as condições para continuar produzindo conteúdo.
Aproveitando o tema dessa matéria, faz sentido incentivar quem começou a ir até o final, não deixar a série sem antes ver o final.
Saber mais sobre um assunto como esse é essencial para se situar no mundo. O comunismo dominou quase metade do mundo no século XX e até hoje influencia a sociedade brasileira e internacional.
Os três últimos episódios tiveram que ser disponibilizados apenas para os assinantes para pagar os custos da produção. Além de terminar uma tarefa importante, você irá apoiar uma causa essencial para você e o Brasil:
O resgate dos bons valores, ideias e sentimentos nos corações de todos os brasileiros através do entretenimento educativo.
Não deixe a série pela metade, assine a Brasil Paralelo e ajude na criação de um Brasil melhor - toque aqui para saber mais.
A equipe do Épico viajou pelo mundo e entrevistou muitos dos maiores especialistas no tema para mostrar as origens e consequências do comunismo. Testemunhas de regimes comunistas compartilharam o que viram de forma inédita.
Algumas dicas já foram sendo elaboradas ao longo do texto. Para ajudar ainda mais, aqui estão organizadas 5 dicas para você conseguir terminar o que começa.
Fazer apenas o que dá prazer e é conveniente significa ser guiado pelos impulsos: mentir, trair, furtar, enganar e manipular, entre outros.
Peterson explica que o prazer da conveniência pode ser passageiro, mas ainda assim é algo que se contrapõe ao terror e à dor da existência.
É preciso aprender uma máxima verificável por qualquer um. Algo melhor pode ser obtido no futuro ao se abrir mão de algo de valor no presente. Esta é a noção de sacrifício.
Os seres humanos perceberam que mudar o comportamento no presente – trabalhando, estudando, sofrendo, moldando-se – pode trazer recompensas no futuro.
Outra coisa aprendida foi que maiores sacrifícios trazem ganhos maiores. Isto é adiar o prazer de forma útil.
A Pietá de Michelangelo é a imagem do sacrifício da mãe, ofertando seu próprio filho ao mundo. A dor e o sofrimento definem o mundo. Mesmo assim há quem tente fugir disso.
“Mas sacrifício – e trabalho – serve para manter o sofrimento afastado de forma muito mais eficiente do que o prazer impulsivo em curto prazo”, diz Peterson.
O maior exemplo de sacrifício por um bem é o de Jesus Cristo. Ele foi aquele que enfrentou o mal de forma consciente e voluntária, determinado a assumir a responsabilidade pela total depravação humana, dando sua própria vida.
Satanás, por outro lado, é a personificação da recusa ao sacrifício.
O cristianismo teve êxito no mundo ao introduzir a forte noção de sacrifício pessoal e abnegação em favor do outro.
“A sociedade produzida pelo cristianismo era muito menos cruel do que as pagãs”.
Enquanto estava preso em um campo de concentração, Viktor Frankl observou que um aspecto fundamental predizia se seus companheiros de reclusão iriam morrer ou viver: a percepção de um sentido para a vida.
Os prisioneiros que tinham algo maior na vida conseguiam forças para sobreviver a todo aquele sofrimento e todas as condições precárias. Frankl foi um deles.
O psiquiatra sustenta que encontrar um sentido para a vida, uma vocação, não é necessário somente nessas situações extremas. Encontrar o sentido da vida serve para qualquer pessoa que queira alcançar uma vida madura e realizada.
Frankl desenvolveu a logoterapia, um plano psicológico para encontrar a maturidade através do desenvolvimento da própria vocação. O ser humano não deve buscar a felicidade, mas sim uma razão para viver, afirma Frankl.
Por exemplo: para uma pessoa ter o prazer que o chocolate lhe proporciona, é preciso buscar o chocolate, não a sensação de prazer.
Se uma pessoa busca a felicidade, ela não terá algo que gere o sentimento de realização. É preciso fazer algo substancial na vida, que corresponda à própria vocação. Isso pode fazer com que a pessoa vá amadurecendo e um dia seja alguém realizado.
Ter um alvo principal na vida direciona e dá força a biografia de uma pessoa, defende Frankl, trazendo verdadeira maturidade. Aquele que sabe onde quer chegar não é abalado por acontecimentos pequenos que não o desviam da sua rota, como fofocas, ofensas falsas e outras questões pequenas.
Mas como encontrar a própria vocação?
Para Frankl, o sentido da vida pode ser visto como aquilo que a vida demanda que seja feito em cada circunstância concreta, no aqui e agora, em uma ação na qual não podemos ser substituídos.
Isso significa que o sentido não pode ser atribuído aleatória e arbitrariamente por parte do indivíduo, mas deve ser extraído dos talentos naturais e no apelo das situações em que ele se encontra.
Cada ser humano possui gostos, talentos e circunstâncias que levam a algum tipo de objetivo na vida.
A profissão ideal geralmente é a que se comunica com a vocação.
A maturidade é encarada por muitos autores como o estado de espírito que permite alcançar a verdadeira realização. Uma pessoa madura possui a virtude da fortaleza e da constância bem desenvolvidas, não deixando tarefas pela metade.
Segundo Dom Rafael Llano Cifuentes:
"Experimentamos uma agradável sensação de confiança quando nos encontramos ao lado de uma pessoa que, pelas suas atitudes, pelo seu modo de encarar a vida e de abordar os problemas, parece ter uma abertura de cabeça e de coração capaz de avaliar corretamente as situações, de dar um parecer ponderado sobre o valor das coisas e das pessoas e, especialmente, de compreender-nos intimamente, de poder aconselhar-nos.
Diante dessa pessoa, pensamos: «Eis uma pessoa cabal, firme, confiável, ponderada... Eis uma pessoa madura»" (A Maturidade, livro de Dom Rafael Llano Cifuentes).
A ascese ajuda a fortalecer o espírito para evitar as tentações do desânimo e continuar fazendo o que é bom, não deixando tarefas pela metade. Ascese refere-se a práticas de auto-disciplina e abstenção que visam alcançar um certo grau de perfeição espiritual ou moral.
Geralmente associada com religiões e tradições espirituais, a ascese pode incluir jejum, vigílias, renúncia a prazeres mundanos, como comer doces ou mexer muito no celular.
Aumentar práticas benéficas também faz parte da ascese. Dois dos principais elementos da ascese são a meditação e oração com o objetivo de purificar o corpo e a mente, fortalecer o espírito e aproximar-se do divino ou alcançar uma maior compreensão e controle sobre si mesmo.
Mesmo com uma rotina atarefada cheia de responsabilidades graves, é possível ter tempo para fazer tarefas importantes e hobbies pessoais, não os deixando pela metade.
Organize seu tempo de forma adequada a sua rotina foi o tema de uma live da Brasil Paralelo no período do lançamento da Travessia, uma trilha de conhecimento exclusiva da BP. Confira:
Para saber mais sobre a formação da personalidade, acesse gratuitamente a aula A Formação do Ser, do Dr. Bruno Lamoglia, médico especializado em psiquiatria, que aborda assuntos como as partes constitutivas da mente humana, o caminho para o verdadeiro amadurecimento e muito mais.
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