A realidade de como os terroristas islâmicos doutrinam seus membros foi revelada por dois ex-militantes. Muhammad Masad e Dor Shachar contaram como foi crescer dentro do regime palestino e o que aconteceu quando decidiram sair.
Uma das histórias mais impactantes é relatada por Shachar. Nascido nos anos 1980, ele combateu ao lado da milícia xiita até ser preso, aos 19 anos. Conta que para garantir membros fiéis, as facções inseriam a causa Palestina no dia a dia escolar.
“A primeira lição que nos ensinaram foi a palavra Palestina. A matemática era ensinada assim: Cinco judeus. Matamos três. Quantos restam? Dois. Mas vamos matá-los também”, declarou Dor Shachar.
Ele vive atualmente em Israel e se converteu ao judaísmo. No entanto, sua jornada até esse ponto não foi simples. Depois de ir para a prisão, foi julgado em um tribunal israelense. Em depoimento, manifestou sua intenção em se tornar judeu.
Ainda assim, foi deportado para Gaza, onde morava com sua família. Quando chegou, foi preso e torturado com choques, chutes e socos. Isso porque outros palestinos que estavam em seu julgamento o delataram para as autoridades terroristas.
“Me penduraram no teto de cabeça para baixo. Jogaram água fria, água quente. Enfiaram pregos em minhas mãos. Meu pai disse: este não é meu filho. Ele me disse: você é filho de traidores. Você envergonhou a sua família. Depois de um mês, fui expulso de casa”, afirma.
O homem passou um mês vagando pelas ruas de sua cidade até conseguir fugir para o Egito. De lá, foi para a Turquia e depois voltou a Israel. Agora, vive longe da família.
Histórias como essa estão em From the River to the Sea, filme da Brasil Paralelo que mostra a guerra na Faixa de Gaza pela perspectiva dos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Assista abaixo:
Outro dissidente do regime palestino é Muhammad Masad. Nascido em Gaza, cresceu sendo ensinado a odiar judeus. Em determinado momento de sua vida, fez disso sua missão.
Em um dos ataques, acabou preso em Israel por tentar atirar coquetéis molotov em israelenses. Ao ser libertado, voltou para a Cisjordânia com mais sede de vingança.
Tudo mudou quando viu seus amigos serem mortos por criticar a Autoridade Palestina. Um deles se opôs à autoridade palestina nas redes sociais e foi morto a facadas diante dos olhos de seus filhos.
“Eu abandonei os palestinos e fugi para Israel. Comecei a viver em Israel.”
Ele relata que, ao chegar, foi recebido como alguém que é humano e se arrependeu,mas que as retaliações por se opor à Palestina não pararam.
“Colocaram uma bomba embaixo do meu carro. O mundo não sabe o que está acontecendo. Aparentemente o mundo é cego, não vê”, finaliza.
Mosab Hassan Yousef, filho de um dos fundadores do Hamas, Sheik Hassan Yousef, compartilhou como foi crescer no seio da liderança terrorista e o que o fez sair.
Ele relata que, desde a infância, aprendeu que a Terra Santa era um “tesouro islãmico” da Palestina.
"Crescemos com essa crença de que devemos emancipar e lutar até nós expulsarmos completamente o povo judeu desse território", disse ele.
Aos 18 anos, Yousef foi preso por Israel e abordado para colaborar com o serviço de inteligência israelense. Aceitou ser espião, por perceber isso como uma oportunidade de manipular os israelenses em favor do Hamas.
De volta à Palestina, mudou sua perspectiva ao testemunhar o que os terroristas faziam com os que sequestravam.
"Eu fiquei chocado com o abuso que cometiam... A única fonte que realmente parecia crível e confiável era o inimigo que eu pensava o tempo todo que queria destruir, que era Israel", revelou.
Com o tempo, sua relação com o serviço de inteligência israelense evoluiu para uma amizade baseada na confiança.
Ainda de acordo com Yousef, os terroristas pretendiam atacar judeus em todo o mundo. Tudo aconteceu no início dos anos 2000.
Na época, o então líder da oposição israelense, Ariel Sharon, visitar o Monte do Templo. Como o local é sagrado tanto para os judeus quanto para os muçulmanos, a ida ao local enfureceu o terrorista.
O plano de Arafat era expandir a violência ao redor do mundo. A onda de ataques matou milhares de pessoas em Jerusalém e na Cisjordânia.
Youssef não só ajudou a planejar a ação, que foi batizada de a segunda intifada, ou “revolta das pedras”.
Durante a estruturação do ataque, o líder dos terroristas teria insinuado expandir as ações para outros locais que não o Oriente Médio.
“Arafat tinha a intenção de globalizar a Intifada... Eles não querem a paz", declarou.
O plano não foi concluído e um tempo depois, Yousef abandonou o Hamas.
As histórias de Muhammad Masad, Dor Shachar e Mosab Hassan Yousef demonstram que para se tornar um terrorista, o ser humano tem contato com as ideias desde muito novo. Ao compartilhar suas jornadas para se desligar dos regimes, mostram que nem sempre é fácil escapar das garras dos extremistas.
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