Empresa de Manuela D’Ávila fatura mais de R$ 1 milhão nas eleições de 2024

Manuela D'Ávila mudou de carreira e agora é consultora de comunicação para campanhas políticas. 

Depois de deixar o PCdoB em outubro de 2024, ela e sua empresa lucraram R$1,03 milhão em serviços de assessoria eleitoral.

A D'Ávila & Schaidhauer Consultoria em Comunicação foi fundada em julho de 2019 e tem sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Na época, seu capital social inicial era de R$5 mil.

O cliente que mais pagou foi Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo. O político pagou R$470 mil para a empresa pelos serviços de:

• coordenação de estratégia e
• gerenciamento de redes sociais.

Manuela e Boulos. Foto: reprodução Facebook. 

Também contrataram Manuela:

• Natália Bonavides, do PT, que concorreu à prefeitura de Niterói;
• Taliria Petrone, do PSOL, candidata em Natal; 

Nenhuma das duas se elegeu. Bonavides gastou R$160 mil enquanto Petrone desembolsou  R$300 mil. Os valores estão disponíveis no portal de prestação de contas eleitorais do TSE. 

Vereadores também pagaram por auxílio

A D'Ávila & Schaidhauer também atendeu quatro candidatos a vereador. Dois deles são do PCdoB e foram eleitos em Porto Alegre. 

Giovani Culau pagou R$11,2 mil pelos serviços, enquanto Erick Dênil desembolsou  R$1,6 mil.

Manuela D’Ávila e o vereador eleito Giovani Culau. Fotos: Leonardo Lopes/CMPA e Tania Rego/Agência Brasil

No total, Manuela assessorou sete candidatos. 

Virada após derrota junto a Haddad

A mudança de carreira de Manuela ocorreu após derrotas eleitorais. Em 2018, ela foi vice na chapa presidencial de Fernando Haddad, que perdeu para Jair Bolsonaro (PL). 

Dois anos depois, foi derrotada na disputa pela prefeitura de Porto Alegre. 

Manuela D'Ávila e Fernando Haddad, em coletiva de imprensa Foto: Ricardo Stuckert

Aspirante a governador estaria devendo

Além das eleições municipais, a empresa de Manuela também fechou contrato com Alexandre Kalil (Sem Partido), então candidato ao governo de Minas Gerais. 

Na época, recebeu R$1,53 milhão pelo serviços. Porém, a empresa alega que o PSD, então partido de Kalil, ainda lhe deve R$1,5 milhão.