Em novembro de 2024, acontecerão as eleições presidenciais nos EUA. E como o que define o resultado final é a soma de delegados de cada colégio eleitoral, as atenções começam a se voltar para os chamados “swing States”.
Os Estados conhecidos como “swing States” são aqueles em que a população é extremamente dividida politicamente. As pessoas nesses locais levam sempre em conta as circunstâncias em que estão vivendo na hora de definir em quem votar.
É o caso do Estado do Arizona. Tradicionalmente, trata-se de um Estado em que os Republicanos venciam com facilidade. Agora é preciso analisar o novo cenário local.
É o que afirma a correspondente da Casa Branca Asma Khalid. Em entrevista ao The NRP Politcs Podcast, Khalid disse que no Arizona há um significativo número de eleitores que não tem preferência de candidato.
“Os Independentes são um enorme bloco eleitoral no Estado. E o que qualquer um te dirá no Arizona é que quem decide a eleição ali são eles, seja essa pessoa Republicana, Independente ou Democrata.”
A seguir, a entrevistadora Susan Davis perguntou a Asma se ela considerava que o número de Independentes em todo o país está crescendo. Ela não só concordou como deu sua opinião do porquê disso:
“Em especial aqueles eleitores que se declaram Independentes estão cansados desse sistema bipartidário no qual vivemos. A maioria deles gostaria de ter mais candidatos além de Donald Trump e Joe Biden e isso é um grande problema para os candidatos titulares”. (Tradução Livre)
Questionada se no caso do Arizona a questão migratória seria um ponto relevante para a decisão do voto, a jornalista afirmou que não considera esse tema o crucial para o eleitor.
Contou que apesar de não ter perguntado a ninguém diretamente sobre o assunto imigração, as pessoas disseram que a forma como as campanhas de Trump e Biden tem falado sobre o assunto está deixando a desejar.
“O que posso dizer é que os eleitores estão focados em um meio termo. Não querem nem uma agenda de extrema esquerda e nem que um gigante muro seja construído na fronteira. E, sinceramente, muitos dos candidatos do Arizona estão usando termos extremos para abordar o assunto. Isso é algo que não soa bem para os eleitores Independentes.”
Asma conta que a população local não quer tirar a qualquer custo os ilegais que têm o chamado “sonho americano”, mas um controle por parte das autoridades de quem entra e quem sai do país.
Fatores como a idade dos candidatos, inflação, e o aumento do custo de vida podem ser até mais relevantes para a tomada de decisão do eleitor.
Outro ponto que aumenta as atenções para o “Estado do Grand Canyon” é a questão do aborto.
Segundo a rede britânica BBC, o aborto pode ser uma questão central para o resultado da eleição no Estado.
Com a derrubada do caso Roe v Wade há dois anos, abriu-se precedente para a restrição extrema ao aborto. Se nada mudar, nas próximas semanas o aborto só será legal no Arizona em casos extremos como risco à vida da mãe.
Essa controvérsia tem aquecido o debate eleitoral no âmbito nacional. Ainda segundo informações da BBC, Trump disse que “A suprema corte foi longe demais ao banir quase que totalmente o aborto no Estado”.
Por outro lado a administração Biden condenou veementemente a decisão, assim como outros democratas locais e ativistas pró-escolha.
Outro ponto de atenção para o Estado do Arizona é a disputa por cadeiras no Senado e na Câmara dos Deputados.
Nos dois últimos casos o resultado pode influenciar diretamente a maioria na chamada House of Representatives. Na prática isso determina qual partido terá tranquilidade para aprovar leis de seu interesse.
A diferença entre as políticas brasileira e americana foi comentada pela ex -atleta olímpica e comentarista política Ana Paula Henkel. Ela explicou um pouco mais sobre esse assunto no Contraponto, programa de entrevistas da Brasil Paralelo.
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