Vidas inteiras se criam e se vão em ambientes que são o resultado da inteligência humana. O olhar constantemente repousa sobre as edificações. Casas, igrejas, escolas, hospitais, estádios, restaurantes, empresas… o homem transita em todas elas e se o culto ao feio imperar em cada um, é justamente o ser humano quem padece.
Quando tudo começou, Verí Falconi Lourencetti estava incomodada com a degradação que via na cultura. A perversão das artes havia chegado também ao campo da arquitetura, afetando frontalmente o homem, que vive inserido em edificações que podem lhe fazer bem ou mal.
Verí começou a ver a ligação da neurociência com a arquitetura. Ficou claro que a finalidade da arte deveria ser a beleza, e que isso faria bem para as pessoas, mas isso não estava sendo ensinado nas faculdades de arquitetura.
Mais um passo foi dado. Verí conheceu a filosofia perene e teve contato com o documentário O Fim da Beleza, da Brasil Paralelo. A busca por uma arquitetura aliada à qualidade da vida humana resultou no I Congresso de Arquitetura Perene.
Até então, ela não esperava receber reforço. É nesse contexto que surge Rafaella Brasileiro, do perfil @boranaobra. Em 2017, Rafaella relata que estava em um momento difícil da vida.
Vazio existencial. Casada, grávida do segundo filho, com um bom padrão de vida e com saúde. Mesmo assim, Rafaella relata que sentia falta de algo. A mudança veio com estudos. E com os estudos, a conversão.
Rafaella também assistiu a Why Beauty Matters? (Por que a Beleza Importa?), de Roger Scruton; e ao documentário O Fim da Beleza, da Brasil Paralelo. Junto de tudo o que estava acontecendo, isso representou uma mudança profunda.
“A BP me salvou de ter uma tatuagem do Niemeyer e de construir uma casa em estilo contemporâneo”.
Ela participou do I Congresso de Arquitetura Perene, da Verí. Era uma ouvinte. Hoje, é sócia e ajuda a organizar o segundo.
A geração atual de arquitetura não está pensando na beleza, relatam. De acordo com o que veem, o foco é a narrativa. Fazem criações para incomodar.
O II Congresso de Arquitetura Perene tem como etapa de nivelamento assistir ao documentário O Fim da Beleza, para depois os participantes se aprofundarem e desenvolverem o próximo passo, desenhar e aplicar a solução para o problema diagnosticado.
Juntas, elas querem recuperar as novas gerações de arquitetura. Veja a entrevista exclusiva que elas concederam à Brasil Paralelo.
“A arquitetura perene é a arquitetura segundo a filosofia perene, que muito resumidamente podemos afirmar que é a filosofia clássica, aquela mesma tradição iniciada por Sócrates, Platão e Aristóteles, continuada por Santo Agostinho e que ficou intacta até mais ou menos Santo Tomás de Aquino.
Ela busca a Verdade na realidade das coisas e vai sempre se fundamentando no que já foi descoberto e explicado pelos filósofos anteriores; vai buscar o fundamento do ser das coisas, a essência do homem e, nesse processo, consegue identificar a beleza.
Assim, ela pode dar base à arquitetura que serve à finalidade do homem. É uma forma de pensar a arquitetura num sentido de permanecer, de atravessar gerações, de tocar o homem através da harmonia das coisas.
Pense num jardim: existe a árvore, as rosas e as margaridas. Todas diferentes, com necessidades diferentes, mas todas elas têm a mesma essência, elas são belas. Como harmonizar esse “jardim de almas” nas cidades? É o que a arquitetura perene buscará fazer”.
Ao que Rafaella complementa:
“Eu acredito em uma Arquitetura feita para durar, que não se baseia em modismos ou idéias superficiais, mas sim em escolhas conscientes de algo que perdure no tempo. Além disso, arquitetura é pano de fundo das memórias das famílias e dos indivíduos, e isso é muito sério. A Arquitetura conta a história de um povo e para que isso aconteça ela não pode ser efêmera”.
“Foi um grande marco na minha vida. Entendi por que a arquitetura atual estava me causando uma angústia, entendi que o meu sentimento tinha um sentido. Impactou tanto a minha vida que me fez correr para o primeiro Congresso de Arquitetura Perene em 2022, sem nunca antes ter visto ou ouvido falar da Verí.
Por causa desse documentário da Brasil Paralelo, O Fim da Beleza, também tive mudanças profundas na forma de encarar a arquitetura com meus clientes e em minha própria casa.
Meu esposo também é arquiteto, e juntos decidimos mudar todo o projeto da nossa casa, que estava começando a ser construída em um estilo moderno e minimalista”.
“A formação dos Arquitetos no Brasil é muito complicada, já treinei mais de 30 mil profissionais da área em relação a gestão, empreendedorismo e técnicas de atuação profissional. Mas existe um lugar, que é bem mais subjetivo e profundo, no qual precisamos agir: nos valores e nas crenças.
A forma como os arquitetos encaram os seus papéis precisa mudar. O impacto da arquitetura na sociedade como um todo, será tremendo com o que será abordado no Congresso de Arquitetura Perene. É o começo de algo muito grandioso”.
“Eu vou dizer “missão cumprida” quando ver que o olhar dos arquitetos saiu de si e passou a se preocupar em fazer brotar a vida nas cidades, buscando incentivar a beleza e o modo de vida que eleva os homens em busca da contemplação”.
O congresso acontecerá no Centro Universitário Ítalo Brasileiro, em dezembro.
Haverá um painel teórico contando com Guilherme Freire, Andre Assi e Joel Gracioso.
Já o painel prático contará com Caio Gasparini, Vivi Princival e o escritório Alvear Arquitetura.
Sem falar, claro, das próprias Verí Falconi Lourencetti e Rafaella Brasileiro.
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