Duda Salabert pediu à Procuradoria-Geral da República a prisão preventiva de Jair Bolsonaro por declarações feitas durante um ato em Copacabana, alegando que ele “ameaçou a democracia ao questionar as eleições de 2022”.
O evento, que reuniu apoiadores pela anistia dos condenados do 8 de janeiro, reacendeu tensões políticas no Brasil.
Bolsonaro discursou no ato em 16 de março, pedindo anistia aos presos pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 e questionando sua derrota nas urnas:
"Nós fizemos o trabalho e, mesmo assim, eu não entendo como não ganhamos".
Para Salabert, essas palavras têm "tom conspiratório" e incentivam dúvidas sobre o processo eleitoral, o que ela considera um risco à ordem democrática.
A deputada protocolou a representação na PGR no mesmo dia, pedindo também medidas como a suspensão das redes sociais de Bolsonaro.
"A permanência desse discurso falso e inflamado representa uma ameaça".
O ato em Copacabana, organizado por líderes como o pastor Silas Malafaia, reuniu entre 18 mil (segundo USP) e 400 mil pessoas (segundo PMRJ).
Aliados de Bolsonaro, como Tarcísio de Freitas, defendem que ele exerceu liberdade de expressão, argumentando que questionar eleições é um direito democrático.
Eles acusam a esquerda de tentar silenciar opositores com ações judiciais.
Por outro lado, a PGR já denunciou Bolsonaro em fevereiro por “tentativa de golpe”, e o STF deve julgar o caso em 25 e 26 de março.
A representação de Salabert reforça a pressão sobre o ex-presidente, que segue investigado por tramas golpistas pós-2022.
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