Era uma tarde comum de domingo, em uma casa da Rua Sampaio Viana, próxima ao Viaduto Paulo de Frontin, que liga o Centro à Zona Norte do Rio de Janeiro.
O silêncio foi quebrado pelo barulho de uma moto em frente à residência. Homens armados entraram no imóvel e ameaçaram a família.
Também disseram que o contrato de aluguel não valia mais e que, a partir daquele momento, o imóvel seria utilizado como ponto de venda de drogas. Um dos criminosos falou diretamente aos moradores:
“Saia desta casa, que é do tráfico, e caso não saia, eu vou te matar.”
Diante da ameaça, a família deixou o local. A mulher que alugava o imóvel informou o proprietário e registrou o caso na 6ª Delegacia de Polícia, na Cidade Nova.
Dias depois, ao voltar para buscar seus pertences, ela descobriu que tudo havia sido levado.
No dia 9 de fevereiro, uma semana após o prazo dado pelos bandidos, câmeras de segurança registraram três pessoas em frente ao imóvel.
Um homem e duas mulheres chegaram em um carro branco. O homem tentou abrir o portão, mas não conseguiu de imediato.
Um homem e duas mulheres chegaram em um carro branco. O homem tentou abrir o portão, mas não conseguiu de imediato. Após alguns minutos, uma das mulheres notou a câmera e ajustou a lente para cima, interrompendo a gravação.
O proprietário relata que, depois disso, o grupo entrou na casa e levou alguns itens. Os bandidos ainda violaram a caixa d’água e a fiação, danificando o local.
Seis dias depois, em 15 de fevereiro, o mesmo carro branco reapareceu. O homem forçou o portão novamente e entrou. Ele permaneceu por alguns minutos e saiu sem levar nada.
O imóvel ficou vazio por um período, até que uma nova família se mudou para lá. Ao chegar, os novos moradores encontraram a casa vandalizada.
Os moradores do bairro dizem que esse tipo de situação já havia acontecido antes. Eles afirmam que o tráfico busca usar as casas como pontos para atividades relacionadas à venda de drogas.
Neste e em outros bairros, a violência do Rio de Janeiro tem feito a população refém. Em uma cidade maravilhosa e que poderia ser um lugar de tranquilidade e diversão, as pessoas saem na rua com medo.
Mas o Rio de Janeiro sempre foi assim? Qual a origem dessa criminalidade? Descubra no novo documentário da Brasil Paralelo. Clique aqui para assistir gratuitamente.
A realidade também atinge outros pontos do Rio de Janeiro. No bairro do Fonseca, em Niterói, um condomínio chamado Residencial Bella Vista começou a ser construído com dinheiro do programa federal Minha Casa, Minha Vida.
Antes mesmo de as obras terminarem, criminosos do Morro do Pimba entraram em um dos blocos que ainda estava vazio.
Desde então, criminosos carregando pistolas e fuzis passaram a ser vistos nas áreas comuns do conjunto.
Várias pessoas que já haviam comprado seus apartamentos e que visitavam o local para acompanhar o progresso começaram a perceber a presença desses homens.
Em um desses encontros, os bandidos falaram com eles:
“Se o condomínio não for nosso, não vai ser de ninguém.”
O Rio de Janeiro enfrenta a presença do crime em vários níveis.
Das favelas à política, a criminalidade se espalha. A pergunta que ecoa é:
Existe esperança para o Rio de Janeiro?
Para compreender a fundo esta realidade do Rio de Janeiro e explorar possíveis caminhos para sua solução, a Brasil Paralelo produziu o documentário Rio de Janeiro: Paraíso em Chamas.
Esta obra investiga o centro do problema, trazendo depoimentos e imagens inéditas das favelas mais desafiadoras do país.
Não se trata apenas de expor o problema, mas de buscar entendê-lo em sua complexidade e vislumbrar possíveis saídas para este labirinto de violência e corrupção.
Isso tudo estará no documentário Rio de Janeiro: Paraíso em Chamas. Para assistir de graça, clique no link abaixo e garanta seu acesso:
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