Ontem (17/01), Javier Milei proferiu um discurso no Fórum Econômico Mundial (FEM) que rapidamente viralizou nas redes sociais.
Elon Musk compartilhou o discurso na íntegra em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), elogiando a fala. Economistas renomados como Jesus Huerta de Solo e Marcus Cintra classificaram a fala como "extraordinária".
O professor Marcus Cintra ressaltou em suas redes sociais que mídias tradicionais não deram destaque a fala, apesar do sucesso na internet:
"Nenhum dos grandes jornais brasileiros que leio publicou seu discurso".
O discurso de Milei foi 10 vezes mais assistido que todas as outras falas dos líderes no canal de Youtube do Fórum. A audiência do seu vídeo superou os primeiros-ministros da França e Espanha, entre outros países.
Confira agora um resumo dos principais pontos do discurso de Javier Milei.
Milei começou sua fala afirmando que existe uma grave ameaça aos principais valores do hemisfério ocidental. Diante de políticos e burocratas, o presidente da Argentina ressaltou que muitos membros do Estado são parte do problema.
Milei começou seu discurso dizendo:
"Hoje estou aqui para lhes dizer que o Ocidente está em perigo. Aqueles que supostamente devem defender os valores do Ocidente estão cativados por uma visão de mundo que inexoravelmente conduz ao socialismo e, em consequência, à pobreza.
Lamentavelmente, nas últimas décadas, [...] os principais líderes do mundo ocidental abandonaram o modelo da liberdade por diferentes versões do que chamamos coletivismo.
[Alguns foram] motivados por alguns desejos bem-intencionados de querer ajudar o próximo, e outros pelo desejo de pertencer a uma casta privilegiada.
Nós estamos aqui para dizer-lhes que os experimentos coletivistas nunca são a solução para os problemas que afligem os cidadãos do mundo, mas sim a causa deles".
Milei usou o exemplo da Argentina para mostrar o que ele enxerga como sendo os problemas do coletivismo e os benefícios do verdadeiro capitalismo, afirmando:
"Ninguém melhor que nós, argentinos, para dar testemunho destas questões. Quando adotamos o modelo da liberdade, lá pelo ano de 1860, em 35 anos nos tornamos a primeira potência mundial.
Enquanto que, quando avançamos para o coletivismo ao longo dos últimos 100 anos, vimos como nossos cidadãos começaram a empobrecer sistematicamente até cair no posto número do mundo".
Para o presidente argentino, os socialistas reinventaram sua agenda após diversos fracassos pelo mundo:
"Dado o estrepitoso fracasso dos modelos coletivistas e os inegáveis avanços do mundo livre, os socialistas se viram forçados a mudar sua agenda. Deixaram atrás a luta de classes baseada no sistema econômico para a substituir por outros supostos conflitos sociais.
A primeira destas novas batalhas foi a luta ridícula e antinatural entre o homem e a mulher. O libertarismo já estabeleceu igualdade de direitos há muito tempo. No entanto, temos organismos internacionais dedicados a promover essa agenda".
Essas agendas se estenderam para outros campos da vida, disse Milei:
"Outro dos conflitos que os socialistas apresentam é o do homem contra a natureza. Sustentando que os seres humanos danificam o planeta e que este deve ser protegido a todo custo. Para isto, pregam o controle populacional e até a agenda sangrenta do aborto.
Lamentavelmente, estas ideias nocivas têm impregnado a sociedade. Os neomarxistas conseguiram cooptar o senso comum do Ocidente, logrando isso graças à apropriação da propriedade alheia.
Mais regulação, mais socialismo, mais pobreza, menos liberdade e, em consequência, pior nível de vida".
O presidente ainda destacou que diversas ideologias modernas convergem em sua substância com ideologias do século passado, podendo levar os países ocidentais ao colapso novamente:
"No fundo, não há diferenças substanciais entre comunistas, fascistas, nazistas, socialistas, social-democratas, nacional-socialistas, democratas cristãos, keynesianos, neokeynesianos, progressistas, populistas, nacionalistas ou globalistas.
Todos sustentam que o estado deve dirigir todos os aspectos da vida dos indivíduos. Estamos aqui para alertá-los sobre o que pode acontecer se os países do Ocidente, que se enriqueceram com o modelo da liberdade, continuarem por este caminho de servidão."
Milei apresentou diversos fatos históricos e econômicos que buscam comprovar que o capitalismo aumentou a fonte a riqueza em todo o mundo, especialmente para os mais pobres:
"Quando se estuda o PIB per capita desde o ano 1800 até hoje, o que se observa é que, após a Revolução Industrial, o PIB per capita mundial se multiplicou por mais de 15 vezes, gerando uma explosão de riqueza que tirou da pobreza 90% da população mundial".
O presidente argentino continuou sua fala defendendo o livre mercado como o melhor caminho do ponto de vista moral, além de ser o sistema que mais gera riquezas para toda a sociedade:
"Quem promove a justiça social parte da ideia de que o conjunto da economia é um bolo que pode ser repartido de maneira diferente. Mas esse bolo não está dado, é riqueza que vai sendo gerada.
Se um bem ou serviço que uma empresa oferece não é desejado, essa empresa quebra. A menos que se adapte ao que o mercado está demandando.
Se gera um produto de boa qualidade a um bom preço, vai prosperar e produzir mais. Assim, o mercado é um processo de descobrimento no qual o capitalista encontra, ao longo do caminho, o rumo correto".
Para ele, a justiça social:
"Não é justa, nem tampouco aporta o bem-estar geral. Muito pelo contrário, é uma ideia intrinsecamente injusta porque é violenta, é injusta porque o Estado se financia através de impostos, e os impostos são cobrados de maneira coercitiva.
Ou acaso algum de nós pode dizer que paga os impostos de maneira voluntária? O que significa que o estado se financia através da coerção, e que quanto maior a carga impositiva, maior é a coerção, menor é a liberdade".
Em sua mensagem final ao Fórum Econômico Mundial, Javier Milei dirigiu sua fala aos empresários, afirmando:
"Para finalizar, quero dar uma mensagem a todos os empresários: não se deixem intimidar nem pela casta política nem pelos parasitas que vivem do Estado.
Não se entreguem a uma classe política que só quer se perpetuar no poder e manter seus privilégios. Vocês são benfeitores sociais, vocês são heróis, vocês são os criadores do período de prosperidade mais extraordinário que já vivemos. Que ninguém lhes diga que sua ambição é imoral.
Se vocês ganham dinheiro, é porque oferecem um produto melhor a um preço melhor, contribuindo dessa maneira para o bem-estar geral. Não cedam ao avanço do Estado.
O Estado não é a solução, o Estado é o problema em si. Vocês são os verdadeiros protagonistas desta história e saibam que, a partir de hoje, contam com a Argentina como um aliado incondicional. Muitíssimas graças e viva a liberdade."
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