O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pediu demissão nesta terça-feira, 8 de abril de 2025.
Indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa, Filho é a décima pessoa a deixar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Horas antes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o político por desvio de emendas parlamentares.
Em sua carta de demissão, o ministro escreveu:
“Solicitei ao presidente meu desligamento do cargo. Saio por acreditar que é o momento de proteger o projeto de país que ajudamos a construir”.
A denúncia da PGR veio de um inquérito da Polícia Federal, aberto em 2024. Juscelino, que na época era deputado federal, destinou recursos para pavimentação em Vitorino Freire, Maranhão, cidade administrada por sua irmã, Luanna Rezende, até 2024.
Sobre as acusações e o processo, o ex-ministro afirmou em sua carta:“Confio no Supremo Tribunal Federal para mostrar a verdade”.
A defesa afirma que Juscelino apenas indicou as emendas, sem gerenciar obras.
Em junho de 2024, após o indiciamento da PF, Lula manteve Juscelino no cargo, mesmo pressionado pelo União Brasil.
“Se o procurador denunciar você, tem que mudar de posição”, declarou o presidente na época. “Enquanto não houver denúncia, ele fica. Se houver, será afastado.”
A denúncia da PGR em 2025 mudou o jogo. Juscelino comunicou a saída à ministra Gleisi Hoffmann em almoço com líderes de seu partido, o União Brasil, como Davi Alcolumbre e Antônio Rueda. Na ocasião, disse:
“Foi um gesto de respeito ao governo e ao povo”.
Aos 40 anos, médico e empresário de São Luís, Juscelino assumiu o Ministério em janeiro de 2023, indicado por Alcolumbre, presidente do Senado.
Licenciado da Câmara, onde estava no segundo mandato, ele agora retoma o posto de deputado federal pelo Maranhão.
“Preciso me dedicar à minha defesa com serenidade. Retomo meu mandato para seguir lutando pelo Brasil”, escreveu.
O Supremo, sob relatoria de Flávio Dino, decidirá se ele vira réu.
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