Um dos países mais fechados do mundo voltará a ser destino turístico em breve. Desde a emergência sanitária da Covid-19, a Coreia do Norte fechou parte de seu contato com o mundo. No entanto, alguns territórios serão reabertos para as férias de inverno. A partir de dezembro de 2024, viagens para o local voltarão a ser autorizadas, A informação é da agência de viagens North Korea Travel (NKT). Em seu site, a empresa afirma que é especialista em promover turismo no país.
Veja abaixo algumas curiosidades sobre a Coreia do Norte.
O fotógrafo da National Geographic, David Guttenfelder, conta que notou um aumento da popularidade de esportes como patinação e atletismo. As modalidades passaram a ser praticadas por membros da elite norte coreana desde que Kim Jong-Un assumiu como ditador em 2011. David aponta que há também resorts de luxo no país.
Um homem que conseguiu fugir do país aos 11 anos relatou que a doutrinação das crianças começa assim que elas nascem.
“Mais de 90% das músicas que nos ensinaram na infância eram sobre a família Kim ou sobre o Partido Trabalhista. Adorar os Kim é normal.”
David Guttenfelder foi um dos poucos ocidentais que pode visitar a Coreia do Norte. Ele é fotógrafo. Durante sua estadia, presenciou demonstrações militares, que classificou como "altamente coreografadas".
Também explica que os eventos contam com a participação obrigatória de todas as pessoas, incluindo espectadores. A população tem a incubência de fazer mosaicos nas arquibancadas. Essas montagens geralmente são homenagens aos líderes do país, ou simplesmente aos militares em geral.
Após o colapso da União Soviética em 1991, a economia norte-coreana ficou caótica. Isso afetou a agricultura, uma vez que os fertilizantes e os combustíveis encareceram. Kim Jong Il, pai do atual ditador, assumiu o poder nesse contexto. Em vez de abrir a economia, ele manteve o país cheio de restrições. Isso fez com que o sistema de distribuição de alimentos, baseado em fazendas coletivas, entrasse em colapso. A situação ficou pior devido às enchentes que destruíram plantações nos anos 1990.
Mesmo assim, o governo preferiu investir nas atividades militares, o que resultou na redução do valor que o governo repassava aos agricultores. Os produtores passaram, então, a esconder suas colheitas. O acesso a alimentos se tornou cada vez mais difícil. A comunidade internacional começou a enviar alimentos para ajudar as pessoas, porém parte acabou desviada pelas elites do regime.
Os preços dos alimentos dispararam, o que levou os mais pobres a sofrerem com carestia de alimentos.. O jornal The Atlantic reportou que entre um a três milhões de pessoas morreram durante a fome. A situação melhorou em 1998 com colheitas melhores e a adaptação dos norte-coreanos aos mercados privados de alimentos.
Em 2005, o governo proibiu a venda privada de grãos, agravando novamente a crise alimentar. As sanções internacionais sofridas pelo país fizeram a situação piorar muito. A situação piorou com sanções internacionais após testes nucleares. Com a morte de Kim Jong Il, o país foi deixado nas mãos de seu filho, o atual ditador Kim Jong Un.
Ao promover viagens turísticas à Coreia do Norte, a NKT tem o objetivo de mostrar mais aspectos do local. O site afirma que o desejo da empresa é de que as pessoas tenham contato máximo com os cidadãos. Para mais informações, acesse o site da agência.
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