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Com rombo de R$3,2 bilhões Correios investem R$ 380 milhões em publicidade com empresas envolvidas no mensalão
Em crise financeira, a estatal pretende investir R$ 380 milhões em agências de publicidade questionadas, sob suspeita.
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Apesar de não fazer campanhas desde 2018, a estatal planeja concluir o processo de privatização em abril, apesar de críticas sobre a prioridade do gasto.
O deputado Leo Siqueira (Novo-SP) pediu ao TCU a suspensão da licitação, argumentando que o valor é injustificável diante das finanças fragilizadas, conforme a Gazeta do Povo.
Passado sob suspeita
Das quatro agências finalistas – Calix, Nova/SB, Propeg e Jotacom –, três têm histórico ligado a escândalos, especialmente do PT, segundo o Metrópoles. Abaixo, as acusações associadas a cada uma:
- Calix: Fundada por Marcello Oliveira Lopes, ex-assessor do governo petista de Agnelo Queiroz em Brasília (2011-2015), foi citada em investigações por interceptação ilegal de e-mails, conforme o Diário do Poder.
- Nova/SB: Ligada ao publicitário Marcos Valério, pivô do Mensalão, a agência integrou esquemas de desvios em contratos públicos durante os governos Lula e Dilma, reportou a Revista Oeste.
- Propeg: Atuou em campanhas petistas e foi investigada por superfaturamento em contratos com estatais, como os Correios, na década de 2000.
- Jotacom: Não há registros de envolvimento em escândalos políticos, sendo a única sem acusações conhecidas, conforme o Hora Brasília.
Correios apresentam defesa
A direção da estatal negou irregularidades. A estatal justificou o investimento como essencial para reposicionar sua marca. "O processo seguiu as normas legais".
O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, defendeu ao Globo que o rombo decorre da gestão Bolsonaro, e a publicidade visa recuperar competitividade frente ao e-commerce privado.
Fogo nas trincheiras políticas
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou o gasto, chamando-o de "absurdo em tempos de crise".
"Uma estatal monopolista precisa disso?", questionou, refletindo o descontentamento dos eleitores da direita.
Já aliados do governo, como o perfil @PTnaCamara no X, argumentam que a publicidade é vital para modernizar os Correios e enfrentar a concorrência, culpando o sucateamento anterior.
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Julgamento à vista
O TCU analisará o pedido de suspensão, enquanto a licitação entra na fase final. O desfecho decidirá se os Correios seguem com o plano ou cedem às críticas, em um embate que mistura gestão pública, finanças e sombras do passado.
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