Nahyb Bukele fez uma proposta inusitada a Donald Trump. O presidente de El Salvador propôs abrigar, nos megapresídios de seu país, criminosos condenados por crimes gravíssimos nos Estados Unidos.
A proposta inclui estrangeiros de diversas nacionalidades e até mesmo cidadãos americanos condenados por crimes graves.
Em troca, o presidente disse que pediria uma taxa “quase irrelevante para os EUA”, mas muito importante para manter o sistema carcerário de seu país:
A proposta foi feitra ao Secretário de Estado, Marco Rubio, que está em uma viagem pelas Américas para ajudar nos planos de deportações em massa de Trump.
Rubio comentou sobre a conversa com Bukele, que aconteceu na residência oficial do presidente de El Salvador:
"Ele fez a oferta para alojar em suas prisões criminosos perigosos detidos em nosso país, inclusive aqueles com cidadania americana e residência legal. Nenhum país jamais fez uma oferta de amizade como esta [...] Estamos profundamente agradecidos. Falei com o presidente Trump sobre isso hoje cedo". Comentou Rubio.
Os EUA ainda não confirmaram se vão aceitar a oferta, apesar disso a legislação do país impede que cidadãos americanos sejam deportados para cumprir pena em outros países.
Quando Bukele assumiu a presidência do país, El Salvador tinha uma das taxas de homicídio mais altas no mundo.
O país era refém de gangues perigosas como o MS13 e a Barrio 18, que estavam em constante conflito entre si.
O presidente estabeleceu uma política de tolerância zero contra o crime organizado, que levou à prisão de quase 80 mil pessoas em dois anos.
Para acomodar essa grande quantidade de presos, o governo Bukele criou o Centro de Confinamento Contra o Terrorismo (Cecot).
Com mais de 40 mil vagas, o Cecot é considerado o maior presídio das Américas e um dos maiores do mundo.
A política de tolerância zero se mostrou eficiente e derrubou a taxa de homicídios do país a uma das menores no ocidente.
O próprio departamento de Estado chefiado por Rubio alega que os presídios mantêm os condenados em condições precárias.
"Em muitas instalações, as disposições para saneamento, água potável, ventilação, controle de temperatura e iluminação são inadequadas ou inexistentes." Diz o órgão.
Organizações de defesa dos direitos humanos, como a ONG Socorro Jurídico Humanitário, afirmam que cerca de 330 pessoas morreram dentro das instalações. O governo nega as acusações.
As ONGs também alegam que o governo prendeu cerca de 30 mil inocentes por causa da política de tolerância zero.
Bukele desmentiu a acusação durante uma viagem à Costa Rica, e falou que na verdade 8 mil inocentes foram detidos, mas já estão em liberdade.
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