Em 1970, revolucionários sandinistas, alinhados ao socialismo, tomaram o poder da Nicarágua após 10 anos de ações contínuas de guerrilha. Fidel Castro foi à posse do novo governo para parabenizá-los e auxiliá-los. Naquele dia, Daniel Ortega, hoje o líder do país, foi empossado como líder do governo civil.
Observando tudo isso, o governo dos EUA reagiu. A CIA enviou recursos militares para a Nicarágua, iniciando uma nova guerra civil no país.
A contrarrevolução também ganhou força após os sandinistas terem instaurado um governo totalitário. Muitos nicaraguenses se levantaram contra os revolucionários depois que sandinistas fuzilaram opositores e socializaram as propriedades privadas do país.
Os recursos da CIA deram muito poder para os contrarrevolucionários, muitos estavam esperançosos com a vitória contrarrevolucionária.
Famílias se dividiram. Enquanto alguns defendiam os sandinistas, outros participavam da contrarrevolução. Esse foi o caso de Luís Fley. No documentário da Brasil Paralelo, NICARÁGUA: Pátria Exilada, ele conta o sofrimento de sua família durante e após os conflitos.
Em uma de suas batalhas em defesa da contrarrevolução, ele descobriu que um dos inimigos capturados era seu irmão de sangue.
Após o choque, ele tomou o irmão e tentou convencê-lo a abandonar a revolução. Luís chegou a até mesmo oferecer um visto para que ele fugisse para Honduras, mas o irmão não aceitou.
Tomado de compaixão pelo irmão, Luís o soltou. Seu irmão voltou para o exército sandinista e foi promovido a tenente-coronel.
A guerra continuou. Um determinado dia, três sandinistas mataram contrarrevolucionários perto de uma estrada. O exército contrarrevolucionário rapidamente se deslocou para eliminar os sandinistas.
Quando o batalhão de Luís Fley se aproximava do local, 15 sandinistas passaram de caminhão pela região. O batalhão contrarrevolucionário os identificou e eliminou todos os inimigos.
Após a emboscada de sucesso, Luís chegou perto dos cadáveres e foi impedido de continuar. O soldado o olhou bem e disse:
“Para você, a guerra terminou”.
Luís descobriu que seu irmão era um dos sandinistas eliminados naquele ataque.
Ao contar essa história para a equipe da Brasil Paralelo, Fley não conseguiu conter as lágrimas, chegando a dizer:
“São episódios que ficam gravados na mente, tudo isso é real. Não se esquece da tragédia da guerra, da tragédia de um povo que, quando se divide por ideologias, causa esse dano”.
Muitos outros nicaraguenses contaram histórias semelhantes no novo original da Brasil Paralelo.
A ideologia sandinista ainda domina o país. Elvira Cuadra, socióloga nicaraguense, falou sobre as irregularidades que o governo cometeu para comprar os canais de comunicação em entrevista para o novo Original BP, “NICARÁGUA: Liberdade Exilada”:
“Para conseguir o controle desses meios, utilizaram diferentes mecanismos como pressão, chantagem, o uso da publicidade estatal como castigo, extorsão. E isso começou a gerar nos meios nicaraguenses um processo muito rápido de autocensura”.
Dia 08 de fevereiro, às 20h, estreia NICARÁGUA: Liberdade Exilada. Uma investigação inédita que explica como foi o processo de tomada do poder na Nicarágua por Daniel Ortega.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP