Na década de 70, o Brasil enfrentava uma de suas maiores crises alimentares. Mesmo todas as terras produtivas sendo utilizadas, a produção nacional supria apenas ⅔ da população, o resto tinha que ser importado.
O cerrado era uma terra improdutiva. O ditado "Cerrado: nem dado nem herdado" era comum em diversas regiões do Brasil, os produtores não queriam se mudar para lá, afirmou o jornalista Nicholas Vital na SuperLive da Brasil Paralelo. Sobre esse período, Alysson Paolinelli comentou:
"Metade da renda da maior parte das famílias brasileiras era destinada a alimentação, não o valor do salário, mas da renda total da família.
Quem gasta metade da renda em alimentação não vai ter dinheiro para vestuário, residência, saúde, educação, lazer, segurança e outras coisas mais. Era uma época muito triste", disse Paolinelli em entrevista para o documentário Cortina de Fumaça, da Brasil Paralelo.
Alysson Paolinelli foi convidado por Ernesto Geisel para ser Ministro da Agricultura do Brasil. Sua missão era fazer as terras do país produzirem mais para alimentar a população e baixar os preços dos alimentos.
Paolinelli viajou para diversos países tropicais e estudou seus principais mecanismos tecnológicos utilizados na agricultura. Ao retornar para o país, ele e sua equipe desenvolveram um projeto de recomposição química, física e biológica do cerrado brasileiro, uma das áreas mais extensas do país.
Em pouco tempo a área mais infértil do Brasil se tornou um dos principais territórios para a agricultura nacional.
"Nós buscamos elaborar um plano para recompor a agricultura e tornar o Brasil autossuficiente. Depois da conclusão do projeto, ficamos surpresos: o Brasil não só passou a ser autossuficiente como se tornou uma agricultura tropical altamente competitiva", disse Paolinelli a Brasil Paralelo.
Após a recomposição do cerrado, o Brasil se tornou um dos maiores exportadores de comida do mundo, ganhando a alcunha de celeiro do mundo.
Devido aos estudos e projetos de Paolinelli, ele se tornou o único agrônomo brasileiro a ser indicado ao Nobel da Paz. Sua indicação foi justificada pelas milhões de famílias carentes que passaram a ter conforto e segurança alimentar após seu trabalho.
Paolinelli falou sobre sua história e a agropecuária brasileira e internacional no documentário Cortina de Fumaça:
O agronegócio é uma das principais atividades econômicas do Brasil. Além de alimentar mais de 900 milhões de pessoas, o setor é responsável por mais de 24% do PIB nacional. Mesmo assim, é um dos setores mais criticados do país. O que está por trás disso?
Para muitos especialistas, interesses estrangeiros, ideológicos e econômicos são alguns dos principais motivos. Em entrevista ao podcast Conversa Paralela, o advogado e produtor rural, André Pirajá, falou sobre o relatório Farms Here Forests There.
O documento americano defende o desenvolvimento da agricultura de países desenvolvidos enquanto países tropicais, como o Brasil, deveriam focar em manter sua biodiversidade original.
A iniciativa é apontada como um dos projetos estrangeiro que visam frear o agronegócio brasileiro para favorecer seus países.
Outros motivos também vêm à tona quando o assunto é ataques ao agronegócio brasileiro. Ao participar do podcast Conversa Paralela, Filipe Sabará destacou outra possível causa: a cosmovisão de esquerda.
A mais valia, conforme preconizada por Karl Marx, afirma que é criminoso o fato de idealizadores e administradores de um negócio receberem mais dinheiro que seus empregados, defende Felipe Rosa no curso sobre Escola Austríaca de Economia no Núcleo de Formação da Brasil Paralelo.
A consequência lógica dessa cosmovisão leva a um conflito entre seus seguidores e setores lucrativos da sociedade.
Para entender a fundo o que está por trás desses ataques ao agronegócio e como eles ocorrem, a Brasil Paralelo reuniu muitos dos maiores especialistas no assunto, como:
Os entrevistados ainda abordam como realmente atua o agronegócio brasileiro e quais são os possíveis caminhos de desenvolvimento que beneficiariam ainda mais toda a sociedade brasileira.
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