Popularmente conhecido como TDAH, o Transtorno de Déficit de Atenção tem três variáveis e muitos mitos ao seu redor. Yuri Maia é pós-graduado em Neuropsicologia e Problemas de Aprendizagem.
Descobriu o transtorno aos 7 anos e passou a conviver com a vida neuro atípica desde então. Já na vida adulta, fundou o Instituto TDAH Descomplicado. A Iniciativa visa ajudar pais a lidar com seus filhos que possuem o transtorno.
A organização nasceu em 2015 e se dedica a difundir mitos e verdades sobre o transtorno. Conheça agora 6 mitos sobre essa condição.
Mito. Maia explicou em entrevista ao Conversa Paralela que existem:
Isso significa que uma pessoa pode ter o transtorno e manifestar apenas uma característica. O desatento é aquele que não consegue se lembrar do que aprendeu anteriormente e aplicar no cotidiano. Possui dificuldades para memorizar coisas simples, como a panela que está no fogo.
Já o hiperativo é o que não consegue se concentrar em atividades que não sejam do seu interesse, o chamado hiperfoco. Ele também possui uma inquietude acima da média, não conseguindo ficar parado para estudar, por exemplo.
Não se trata de não querer. Quem tem o transtorno possui muito mais dificuldade em focar naquilo que não lhe interessa. Um neurotípico, com muito esforço consegue fazer, mas para um TDAH se torna algo mais sofrido.
Por isso, pode acabar procrastinando por todo um dia coisas que faria em 20 minutos. Yuri explica que se trata de uma questão neurológica. O cérebro dela funciona de forma diferente.
Mito. O Transtorno de Déficit de Atenção se deve a uma diferença na forma como o cérebro processa as informações. Sendo assim, cada caso é único. É preciso avaliar a situação e pensar no impacto que o transtorno tem no dia a dia da pessoa. Maia exemplifica com o ato de estudar.
“Uma pessoa com TDAH geralmente consegue estudar 30 minutos antes de se dispersar, fechar o livro e parar de estudar. Já uma pessoa neurotípica, consegue estudar 5 horas numa biblioteca antes de se cansar, fechar o livro e parar. Quando o tratamento com remédio dá certo para o paciente, ele consegue aumentar seu tempo de concentração para 1:30 a 2:30”.
Mito. Perguntado sobre a explosão de casos do transtorno, Maia relatou que o problema não é a explosão de casos atualmente, mas que antes não se falava sobre isso.
“Você pode descobrir depois, mas se você fizer uma análise detalhada, verá que desde o comecinho da vida todos esses sintomas já estavam lá”.
Mito. Segundo o especialista, todas as pessoas têm sintomas do TDAH. O que diferencia quem tem o transtorno e quem não tem é a frequência e o impacto daquilo na vida da pessoa. Cita também o risco de se auto diagnosticar.
“Muito paciente já vai no médico dizendo assim: Doutor só quero laudo mas eu tenho certeza que eu tenho TDAH. Só que a pessoa pode ter outra coisa, como, por exemplo, Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)”.
Mito. A condição gera uma série de impactos na vida da pessoa, especialmente social. Porém, com o tratamento certo e apoio da família é possível ter uma vida social boa. Maia explica que é fundamental que a pessoa tome consciência e se comprometa com o tratamento.
Ele também deixou um recado para quem tem o transtorno:
“Você que tem TDAH pode sim ter uma vida muito tranquila. Você terá que fazer terapia? Sim. Tomar remédio? Sim, caso seja necessário. Mas te garanto que você pode estar a um passo te ter uma vida melhor”.
O Transtorno de Déficit de Atenção ainda é um desafio tanto para os pacientes como para a comunidade médica. Se você tem algum sintoma, procure um médico especialista. E para assistir o episódio completo do Conversa Paralelo, com Yuri Maia, clique aqui.
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