Essas informações foram levantadas pelo Observatório Copernicus, instituto da União Europeia que monitora as mudanças climáticas.

A vice-diretora do Copernicus, Samantha Burgess, disse que os mecanismos de análise já podem confirmar que se tratou do ano mais quente: 

“Agora é virtualmente certo que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro ano com mais de 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais, de acordo com o conjunto de dados ERA5. Isso significa um novo marco nos registros de temperatura global”

A média da temperatura dos oceanos durante o mês de novembro foi de 20,58ºC, perdendo apenas para 2023 nos registros históricos.

Progressos no combate às mudanças climáticas

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o mundo não está fazendo progressos para acabar com o aquecimento global.

O português disse que “a era da 'ebulição global chegou”, como uma forma de dizer que as mudanças climáticas teriam chegado em um nível extremo.

Para ilustrar seu ponto, Guterres falou em cenários catastróficos e criou imagens de quais seriam os impactos das mudanças climáticas:

“As consequências são claras e trágicas: crianças arrastadas pelas chuvas das monções; famílias fugindo das chamas; trabalhadores desmaiando no calor escaldante.”

O professor de física climática na Universidade de Leeds, Piers Forster, afirma que a fala de Guterres é “sensacionalista”.

“Penso que parte do que está a dizer agora começa a afastar-se das provas científicas subjacentes e, em última análise, isso começa a perder credibilidade ao longo do tempo. Isso acaba por dessensibilizar-nos a todos".

O aquecimento global é uma das principais pautas dos movimentos ambientalistas ao redor do mundo.

Para entender os impactos econômicos e sociais do ambientalismo, a Brasil Paralelo lançou o documentário original Cortina de Fumaça.

Assista gratuitamente ao filme completo no link abaixo: