Dr. Marcello Danucalov é doutor em ciências (psicobiologia); Mestre em farmacologia; Filósofo Clínico Integral e Orientador Filosófico Familiar.
Há quarenta anos venho trabalhando com várias facetas profissionais ligadas ao comportamento humano, e uma das mais desafiadoras e gratificantes é a minha atuação como filósofo clínico integral e orientador filosófico familiar.
Nos últimos vinte anos tive o privilégio de conduzir centenas de processos clínicos que ajudaram indivíduos e famílias a compreender melhor suas estruturas de pensamento e os rumos que concederam às suas trajetórias existenciais.
Mas, foi a partir da minha primeira participação na Plataforma Brasil Paralelo, por meio da gravação do curso Maturidade de Pais e Filhos, que o número de famílias que me procuram diariamente passou a se igualar ao número de casos clínicos individuais atendidos por mim.
Sem dúvida alguma, a Brasil Paralelo tem ajudado muitas famílias a despertar para os problemas da contemporaneidade, e eles realmente não são poucos e tem gerado uma quantidade enorme de sofrimento para pais, mães e principalmente para os filhos.
Dentre as questões mais comumente trazidas para a clínica filosófica e para os processos de orientação familiar posso destacar os seguintes: confusão de papéis entre o homem e a mulher, entre o pai e a mãe; fraqueza, omissão e covardia do homem, cada vez mais imaturo, feminilizado e vitimista; perda da feminilidade e da docilidade por parte das mulheres, com concomitante aderência à praga do empoderamento feminino, que pode ser definido como: a arte das mulheres copiarem o que há de menos virtuoso nos representantes mais fracos do gênero masculino; ausência total de regras em casa.
Os lares clamam por uma “constituição”, preferencialmente escrita; inexistência de hierarquia e desrespeito entre todos os membros da família; desconhecimento de conceitos importantíssimos para o estabelecimento de uma convivência harmoniosa e feliz: princípios, valores e virtudes; inabilidade dialógica generalizada.
Os membros da família não sabem conversar; ausência paterna; falta de planejamento para a vida; ingenuidade dos pais com relação à realidade da Nova Ordem Mundial (NOM), da agenda ONU 2030 e da clonagem das mentes patrocinada pela UNESCO, afinal, tudo não passa de teorias da conspiração; falta de estudo e de preparo dos pais; escassez de ordem e ausência de ações coerentes no processo educativo; total desatenção com os elementos que constituem a vida humana, afinal, nem só de profissão vive o homem; enorme permissividade com parentes pouco virtuosos; educação guiada por ações meramente convenientes, ou seja, os pais são obedientes aos filhos por medo de enfrentar alguns conflitos necessários; desconhecimento do poder das circunstâncias.
Muitas vezes uma única amizade é suficiente para destruir uma vida de esforços educacionais; desconhecimento dos processos de amadurecimento da personalidade.
Sim, a personalidade pode ascender para camadas cada vez mais elevadas, e conhecê-las é um pré-requisito para alcança-las; inversão de prioridades por parte da família - agenda lotada do filho e pouquíssimo tempo destinado ao convívio familiar, com os pais dispondo somente de uma hora com os filhos durante a semana; vício em tecnologia e em mídias sociais, um dos mais devastadores problemas das famílias contemporâneas; ingenuidade com relação à parcialidade e a doutrinação ideológica da mídia tradicional e das instituições de ensino, quer sejam escolas ou universidades; ausência de vida intelectual em casa; carência total ou confusão generalizada – sincretismos bizarros - no aspecto religioso da vida; medo e covardia para abordar temas delicados, mas, extremamente necessários, como: drogas, sexo e morte; e por último, a devastação de todos os aspectos da vida produzida pelo pernicioso vício em pornografia.
“Mas, Dr. Danuca, o que faremos com toda essa informação acima? O que fazer a partir de agora?” Este é o principal objetivo desta coluna, propor algumas reflexões e sugerir alguns exercícios para solucionar esses e muitos outros problemas que acometem as famílias contemporâneas. Assim, poderemos continuar firmes na construção de um Brasil Paralelo e com isso ampliar nosso horizonte de consciência e fazer melhores leituras da realidade. Conto com você nessa jornada.