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José Bonifácio de Andrada e Silva: conheça o homem que já foi chamado de Patriarca da Independência do Brasil

História do Brasil
José Bonifácio de Andrada e Silva
Fonte da Imagem: Câmara Municipal de São Paulo.
Redação Brasil Paralelo

José Bonifácio de Andrada e Silva, nascido no Brasil e com uma notável carreira acadêmica na Europa, foi um cientista, poeta e estadista de grande influência durante o Primeiro Reinado e no processo de independência brasileira.

Sua vida foi marcada por cargos de destaque e por ter sido conselheiro próximo de Dom Pedro I, o homem que viria a se tornar o primeiro imperador do Brasil.

José Bonifácio percorreu um caminho acadêmico, científico e político e obteve importantes feitos em sua vida como:

  • Ele foi testemunha ocular dos eventos da Revolução Francesa;
  • Catalogou novos minerais e elementos químicos até então desconhecidos pela humanidade;
  • Foi condecorado pelas cortes portuguesas em Portugal;
  • Atuou como ministro do Império do Brasil durante o Primeiro Reinado, influenciando diretamente o processo de independência nacional;
  • Foi o tutor escolhido por D. Pedro I para seu filho, o futuro imperador D. Pedro II.

O patriarca da independência também teve uma vida acadêmica profícua, formando-se em Direito, Filosofia, Matemática, Geologia, Mineralogia, entre outras áreas.

No entanto, essa história e suas questões ainda são desconhecidas por grande parte dos brasileiros. Vamos explorar a trajetória e a influência do homem que ficou conhecido como o Patriarca da Independência.

Se você é uma pessoa que ama História do Brasil e quer conhecer mais sobre esse tema, assista à série Brasil: A Última Cruzada e veja o maior resgate já feito da nossa história.

O que você vai encontrar neste artigo?

Resumo da vida de José Bonifácio

Nascido em 13 de junho de 1763, na cidade de Santos, então parte da capitania de São Paulo, José Bonifácio de Andrada e Silva era filho de Bonifácio José Ribeiro de Andrada e Maria Bárbara da Silva.

Cresceu em uma família abastada de comerciantes. Sua mãe usava parte do dinheiro para ajudar os mais pobres, sendo conhecida como uma senhora generosa.

Ainda jovem, José Bonifácio foi enviado a São Paulo para iniciar sua educação sob a orientação do Frei Manuel da Ressurreição, um frade franciscano de renome.

Aos 20 anos, José Bonifácio foi para Portugal, onde estudou Direito na Universidade de Coimbra, além de Filosofia Natural e Matemática. Após se formar, passou a ser reconhecido no meio intelectual portuguê por sua inteligência, o que lhe abriu portas para estudos no exterior.

O historiador Rafael Nogueira, em entrevista à Brasil Paralelo, menciona que, durante o período do Marquês de Pombal, diversos professores estrangeiros foram convidados para lecionar em Coimbra, o que influenciou suas áreas filosóficas, embora as artes clássicas, como gramática e retórica, tenham permanecido fiéis às suas origens.

O primeiro país onde José Bonifácio continuou seus estudos foi a França, onde, em Paris, estudou Química e Mineralogia, o que lhe rendeu reconhecimento internacional.

Durante suas viagens por diversos países europeus, fez importantes descobertas científicas, catalogando doze novas espécies de minerais.

Além disso, em seu diário de viagem, registrou observações não apenas científicas, mas também sociais, políticas e culturais dos locais que visitava. Foi durante seus estudos em Paris que José Bonifácio presenciou os eventos da Revolução Francesa.

José Bonifácio testemunhou e lutou contra a revolução francesa

José Bonifácio de Andrada e Silva iniciou seus estudos em Paris durante a Revolução Francesa. 

Ele testemunhou eventos na França que o levaram a se opor aos ideais revolucionários, adotando, em sua trajetória, a influência do pensamento inglês, que valoriza a prudência e a cautela.

Ao chegar em solo francês, José Bonifácio entrou em contato com alguns seguidores de Robespierre e tomou conhecimento das propostas que guiavam a Revolução Francesa. Contudo, por discordar dessas ideias, decidiu não permanecer na França e mudou-se para a Alemanha.

Após concluir seus estudos na Alemanha, José Bonifácio retornou a Portugal em 1800. Dominando diversos idiomas e com vasto conhecimento em ciência, política e administração, foi admitido na Academia de Lisboa e ocupou cargos de destaque no governo português.

Apesar de sua bem-sucedida carreira, enfrentou resistência burocrática ao tentar implementar suas ideias reformistas.

Quando soube da iminente invasão de Napoleão Bonaparte, em vez de acompanhar a corte de D. João VI, optou por se engajar na defesa contra as invasões francesas, unindo-se a uma guerrilha e tomando as armas contra os invasores.

Após esses eventos, José Bonifácio alcançou o posto de tenente-coronel.

Em 1819, aos 56 anos, recebeu autorização para retornar ao Brasil, o que marcou o início de sua influência decisiva no processo de independência e na formação do novo império brasileiro.

O Retorno de José Bonifácio ao Brasil

José Bonifácio retornou ao Brasil e logo recebeu condecorações do rei D. João VI. Embora desejasse levar uma vida reclusa, dedicada aos estudos, seus sucessos políticos em Portugal frustraram esses planos.

Em 1821, D. João VI retornou a Portugal, deixando seu filho, D. Pedro I, como regente no Brasil.

Nesse mesmo ano, José Bonifácio foi eleito Vice-Presidente da província de São Paulo e, junto com seus apoiadores paulistas, manifestou apoio e reconhecimento à autoridade do Príncipe Regente, em contraste com outras províncias que defendiam a chefia única de Portugal.

No dia 1º de janeiro de 1822, conforme relatado no terceiro episódio da série Brasil, a Última Cruzada, José Bonifácio, juntamente com seus aliados, escreveu um manifesto alegando que havia um plano por parte de Portugal para subjugar o Brasil.

Ele declarou que, apesar disso, ele e os paulistas permaneciam leais e sob as ordens do Príncipe Regente.

A Influência de José Bonifácio no “Dia do Fico”

Neste mesmo tempo as cortes portuguesas que desejavam que todas as províncias do Brasil respondessem a Portugal e que fossem fechado os tribunais existentes no Brasil pedem o retorno do Príncipe Regente para Portugal.

Tanto José Bonifácio quanto a Princesa Leopoldina temiam pelo futuro do Brasil. Graças a sua vivência direta nos eventos que se desenrolaram na Revolução Francesa, José Bonifácio sabia que o destino do Brasil poderia ser o mesmo da América Espanhola, que foi divida em diversas pequenas repúblicas que guerreavam entre si.

Embora a pressão sobre Dom Pedro I fosse grande, José Bonifácio redigiu uma carta e foi levá-la, juntamente com um abaixo assinado do povo paulista, até o príncipe regente. Dizendo que se deixasse o Brasil ele seria responsável pelo Rio de Sangue que traria a revolução ao País.

Influenciado pelo clamor do povo, o Príncipe Regente Dom Pedro I tomou a decisão de manter-se no Brasil e no dia 9 de Janeiro de 1822, dirigindo-se ao povo que o ouvia, afirmou que iria ficar no país. Este momento ficou conhecido como o “Dia do Fico”.

O evento marcou um grande passo para o rompimento do Brasil com Portugal, mostrando que o país era contra o poder centralizador da metrópole.

Embora José Bonifácio ainda não cogitasse a quebra das relações com a Coroa Portuguesa, esse foi um grande passo para o Caminho da Independência do Brasil.

José Bonifácio, O Patriarca da Independência

José Bonifácio não planejava um rompimento imediato com a Coroa Portuguesa. Ele vislumbrava a construção de um Reino Unido de Portugal e Brasil, com administrações distintas, mas sob uma única bandeira, além de um imposto comum para manter um exército.

No entanto, o comportamento das Cortes portuguesas tornou essa ideia insustentável. José Bonifácio via as lideranças portuguesas como despreparadas e inadequadas, e acreditava que suas decisões não deveriam determinar o futuro do Brasil.

Após um contra-ataque a uma tentativa de golpe promovida por um militar português, que resultou na deportação deste, o Príncipe Regente percebeu a necessidade de ter bons aliados.

Diante disso, nomeou José Bonifácio de Andrada e Silva para o Ministério da Secretaria de Negócios do Império e Estrangeiros, o mais alto cargo ministerial da época.

José Bonifácio aconselhou o príncipe a manter as províncias unidas, já que as notícias circulavam lentamente em um território tão extenso.

Embora houvesse apoio no Rio de Janeiro, era necessário viajar para consolidar a lealdade nas demais províncias. Com essa finalidade, D. Pedro I decidiu viajar para Minas Gerais e, antes de partir, nomeou sua esposa, a Princesa Leopoldina, como Regente.

A Independência do Brasil

Em agosto de 1822, D. Pedro partiu para São Paulo, onde parte do governo local havia decidido apoiar as decisões das Cortes portuguesas. Era necessário preservar a paz e a soberania brasileira na província.

Nesse mesmo mês, chegaram ao Brasil novas determinações das Cortes, que rebaixavam o Príncipe D. Pedro ao cargo de delegado local temporário e estabeleciam que as decisões tomadas no Brasil não seriam reconhecidas pela Coroa portuguesa.

Essas ordens foram recebidas pela Princesa Leopoldina, que convocou uma reunião para discutir a necessidade do rompimento com Portugal.

Durante o conselho, José Bonifácio afirmou que as tentativas de manter a união com Portugal haviam se esgotado, e que o destino do Brasil exigia o rompimento. Ele sugeriu que um mensageiro fosse enviado a D. Pedro, que estava em São Paulo, para informá-lo da situação.

Tanto a Princesa Leopoldina quanto José Bonifácio aconselharam D. Pedro sobre o que estava acontecendo e quais seriam as melhores decisões diante das pressões das Cortes portuguesas.

Entre os documentos enviados, havia uma carta assinada por José Bonifácio, descrevendo a situação crítica do Brasil e ressaltando que o futuro do país dependia das ações do Príncipe Regente.

Escreveu José Bonifácio:

Senhor, as cortes ordenaram a minha prisão por obediência a Vossa Alteza e no seu ódio imenso de perseguição, atingiram também aquele que preza em vos servir com lealdade e a dedicação do mais fiel amigo e súdito. 

O momento não comporta mais delongas ou condescendências. A revolução já está preparada para o dia de sua partida. Se parte, temos a revolução no Brasil contra Portugal e Portugal atualmente não tem recursos para subjugar um levante que é preparado ocultamente para não dizer quase visivelmente. 

Se fica, tem vossa alteza contra si o povo de portugal, a vingança das cortes e direi, até a deserdação, que dizem, já está combinada. 

Ministro fiel que arrisquei tudo por minha pátria e pelo meu príncipe, servo obedientíssimo do Senhor Dom João VI, que as cortes têm na sua detestável coação e eu como ministro aconselho a Vossa Alteza que fique e que faça do Brasil um reino feliz, separado de Portugal, que é hoje escravo das cortes depórticas. 

Senhor, ninguém mais que sua esposa deseja sua felicidade e ela lhe diz em carta que com essa será entregue, que Vossa Alteza deve ficar e fazer a felicidade do povo brasileiro que o deseja como seu soberano, sem ligações de obediência as depórticas cortes portuguesas que querem a escravidão do Brasil e a humilhação do seu amado Principe Regente. Fique! 

É o que todos pedem ao magnânimo príncipe que é Vossa Alteza, para o orgulho e felicidade do Brasil e se não ficar correrão rios de sangue nesta grande e nobre terra tão querida do seu Real Pai que já não governa em Portugal pela opressão das cortes. 

Nesta terra que tanto estima tanto Vossa Alteza e a quem Vossa Alteza tanto estima.

Ao receber as cartas o príncipe retira sua Braçadeira e pede que seus seguidores façam o mesmo nos seguintes termos:

“Tirem suas braçadeiras, soldados, viva a independência, a liberdade e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra e pelo meu Deus, juro fazer a liberdade do Brasil. Brasileiros, a nossa divisa de hoje em diante será Independência ou morte!”

As contribuições e o declínio de Bonifácio após a independência

Enquanto a comitiva de D. Pedro I retornava de São Paulo ao Rio de Janeiro, José Bonifácio, junto com a Imperatriz Leopoldina e o artista Jean Baptiste Debret, idealizou e desenhou a bandeira do Império do Brasil. Ela continha os seguintes elementos:

  • O verde, representando a Casa de Bragança;
  • O amarelo, simbolizando a Casa de Habsburgo;
  • E a cruz da Ordem de Cristo, presente nas velas dos navios portugueses que descobriram o Brasil.

José Bonifácio rapidamente passou a auxiliar o novo Imperador na compra de armamentos e na organização de um exército para conter as revoltas que surgiram após a aclamação de D. Pedro I ao trono.

Ainda havia lealdade às Cortes portuguesas em algumas partes do Brasil, e Bonifácio buscava unir o território sob uma única bandeira. No entanto, os desafios de organizar o novo governo imperial e os interesses divergentes acabaram colocando José Bonifácio e D. Pedro I em conflito.

Um dos pontos de atrito foi a relação extraconjugal de D. Pedro I com a Marquesa de Santos. Bonifácio aconselhou o Imperador a reconsiderar suas ações, mas, movido pela paixão por Domitila, D. Pedro se opôs ao seu conselheiro.

José Bonifácio decidiu afastar-se de suas funções no governo.

Pouco tempo depois, D. Pedro, em busca de orientação, pediu que Bonifácio retornasse. Sob sua liderança, foi iniciada a primeira Assembleia Constituinte do Império, mesmo sem a aprovação de Bonifácio e da Imperatriz Leopoldina.

Novos desentendimentos surgiram entre o Imperador e Bonifácio, especialmente em relação ao modelo de constituição proposto, que incluía quatro poderes: o Império, o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, com o primeiro sendo um poder simbólico.

O conflito se intensificou, e após um rompimento definitivo, José Bonifácio e seus irmãos, os Andradas, demitiram-se de seus cargos. Pouco tempo depois, José Bonifácio foi preso e exilado, encerrando sua participação direta no governo.

O Exílio de José Bonifácio

José Bonifácio passou a viver na França, onde contava com um pequeno auxílio da corte brasileira, embora esse auxílio nem sempre fosse entregue. Em 1829, ele recebeu autorização para retornar ao Brasil, saindo do exílio. Dois dias antes de chegar ao Rio de Janeiro, sua esposa, Narcisa, faleceu subitamente.

Após assumir o trono de Portugal e vencer a guerra contra seu irmão Miguel, D. Pedro I foi acometido pela tuberculose.

Prevendo o fim de seus dias, ele assinou a maioridade de sua filha, Dona Maria, e fez um último pedido: que a educação e a tutela de seu filho, Pedro II, fossem entregues a José Bonifácio, seu antigo mentor e adversário.

José Bonifácio, não podendo negar o pedido daquele que teve papel fundamental na independência do Brasil, aceitou o cargo de tutor do futuro imperador, D. Pedro II, nos seguintes termos:

“Senhor, a carta de Vossa Majestade veio servir como um pequeno lenitivo ao meu aflito coração, pois vejo que apesar de tudo, Vossa Majestade ainda confia na minha honra e pequenos talentos, para cuidar da tutoria e educação do seu augusto filho, o senhor Dom Pedro II. Confie em mim, que nunca enganei ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei. Iguais votos de felicidade encaminha aos seu, o meu sincero coração, pelo soberano que foi da minha escolha e do meu amigo. 

Beijo as mãos de Vossa Majestade.

José Bonifácio de Andrada e Silva”.

Em 1834, faleceu Dom Pedro. Por ocasião do falecimento do ex-imperador, o Patriarca da Independência escreveu:

“Dom Pedro não morreu, apenas homens ordinários morrem, heróis não”.

José Bonifácio e o Segundo Reinado

Em um último ato de amor pelo Brasil, Dom Pedro I confiou ao amigo e mentor José Bonifácio a responsabilidade de educar seu filho, Dom Pedro II.

José Bonifácio optou por uma abordagem educativa baseada na observação e na experiência direta, em vez de seguir regras rígidas ou etiquetas. Para Bonifácio, observar e experimentar era o melhor caminho para aprender.

A tutoria de José Bonifácio durou apenas dois anos, mas durante esse período ele conseguiu incutir no jovem herdeiro as bases da sabedoria que viriam a caracterizar Dom Pedro II. Segundo o historiador Rafael Nogueira, entre essas bases estavam:

  • O aprendizado de idiomas, já que José Bonifácio dominava 11 e Dom Pedro II chegou a dominar 16;
  • Um amor pelo conhecimento e pela aprendizagem contínua;
  • E uma profunda devoção ao Brasil, assim como desejava seu pai, Dom Pedro I.

No entanto, os inimigos de José Bonifácio se opuseram ao seu método de ensino, alegando que ele não estava apto para educar o futuro imperador.

Acusaram-no de cometer atos inconstitucionais enquanto ministro, o que levou a sua remoção do cargo. Após ser procurado pelo batalhão do exército, José Bonifácio foi afastado da tutoria de Dom Pedro II e perdeu toda sua influência pública.

A Morte de José Bonifácio

Após sua retirada do cargo e desacostumado com a vida isolada, José Bonifácio passou a enfrentar graves problemas de saúde, incluindo problemas estomacais e, em pouco tempo, um AVC, que o deixou incapacitado.

José Bonifácio de Andrada e Silva faleceu em 6 de abril de 1838 e foi sepultado em São Paulo. Sobre o seu legado, escreveu Machado de Assis:

“Pode o tempo varrer, um dia, ao longe,

A fábrica robusta; mas os nomes

Dos que o fundaram viverão eternos,

E viverás, Andrada!”.

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