O ano era 1807, às pressas a família real portuguesa saiu de Portugal em ocasião das guerras napoleônicas. A estratégia foi articulada nos bastidores entre portugueses e ingleses, entre os tripulantes estava Dom Pedro I, à época, ainda uma criança de nove anos que mal compreendia o que estava acontecendo.
Ele navega para uma terra que jamais havia visto. Assim chegou ao Brasil o garoto que entrou para a história como o autor da independência brasileira. Entenda quem foi ele e conheça a sua biografia.
Dom Pedro I nasceu no ano de 1798 no Palácio de Queluz, em Lisboa, Portugal. No começo da infância sofria com doenças como sarampo e infecções de lombrigas. Morava junto a sua avó, a rainha Dona Maria II. Ela havia sido impedida de exercer o poder por ser considerada “louca”, em seu lugar governava seu filho, Dom João.
Dom Pedro I não era o filho mais velho de Dom João, ele tinha um irmão chamado Dom Antônio que morreu ainda na infância. Assim, Pedro passou a ser o herdeiro legítimo do trono português.
Dom Pedro contava com os cuidados da aia Dona Mariana Botelho e do aio Dom Vasco Cabral. Aio e Aia eram cargos ocupados por pessoas responsáveis por cuidar da educação doméstica de uma pessoa. Em 1804, seu pai nomeou o vice-reitor da universidade de Coimbra como o tutor de Pedro.
Naquele tempo, a educação do príncipe não era um problema familiar, mas de Estado. Como herdeiro do trono, Dom Pedro tinha que receber a melhor formação para governar da melhor maneira possível o seu povo.
Dom Pedro também recebeu um forte treinamento físico, coisa pela qual ele tomou gosto. Principalmente pela equitação.
Esse esforço no treinamento físico trouxe resultados ao longo prazo. Poucos reis de sua época possuíam um porte atlético e um comportamento enérgico.
Essa educação palaciana e rigorosa foi interrompida pelas guerras napoleônicas. Aos nove anos de idade Dom Pedro teve que vir com a sua família para o Brasil.
Em 1807, Dom João transferiu a Corte Portuguesa para o Brasil em ocasião das guerras napoleônicas. Ele veio com toda a sua família, incluindo o seu filho, Dom Pedro.
Quando Dom Pedro chegou ao Brasil ele ainda era uma criança. Viveu na Quinta da Boa Vista onde deu continuidade a seus estudos. O Palácio da Quinta da Boa Vista foi um casarão que Dom João recebeu de presente de um traficante de escravos, hoje o palácio abriga o Museu Nacional.
Há relatos de que Dom Pedro brincava de luta com filhos de escravos e se divertia andando a cavalo, às vezes em alta velocidade.
Ele mostrava não gostar das cerimônias e das etiquetas palacianas, era uma pessoa mais avessa a protocolos e agia mais segundo o instinto do que segundo regras. Uma das cerimônias que Dom Pedro participava por protocolo, mas sem gosto, era a do Beija-mão.
Essa cerimônia era o momento em que Dom João e Dom Pedro sentavam-se no trono e recebiam seus súditos. Esses beijavam a mão dos soberanos e faziam algum pedido ou comentário.
Segundo o historiador Paulo Rezzutti em sua biografia sobre o primeiro imperador do Brasil, Dom Pedro aproveitava o momento para brincar com aqueles súditos que eram da sua idade e dava um “cutucão” com o dedo indicador no queixo deles.
Esse pode parecer um fato isolado, mas mostra a personalidade impulsiva do príncipe. Ele agia impactado por suas emoções, e, em alguns momentos, chegava a criar atritos por isso. Contudo, isso fazia dele também alguém muito corajoso, afetuoso, rápido na tomada de decisões e obstinado.
Enquanto governante, não foram poucas as vezes que Dom Pedro fez questão de largar o conforto do palácio para resolver algum problema político pessoalmente.
Ele teve pouca participação na política até o ano de 1821, quando um acontecimento transformou a História do Brasil.
Em 1820, Portugal enfrentou turbulências políticas. Baseada nas ideias do iluminismo, A Revolução Liberal do Porto tomou conta do reino.
Liderada por uma sociedade secreta denominada Sinédrio, a revolução defende que Portugal deveria se tornar uma monarquia Constitucional e exigir a volta do Dom João VI para assumir jurando à nova constituição.
O Brasil recebeu a notícia preocupado. Entre os políticos se discutia se a exigência seria cumprida. Com medo de que a revolução pudesse depor a dinastia dos Braganças em Portugal, Dom João VI abdicou do poder no Brasil.
No governo brasileiro ficou seu filho Pedro, como príncipe regente. Anos mais tarde, Pedro contou que seu pai lhe disse a seguinte frase ao ir embora:
“Pedro, se o Brasil se separar, antes seja por ti, que me hás de respeitar do que para algum desses aventureiros.”
A ideia de Dom João era conseguir preservar o governo brasileiro nas mãos de seu filho que conservaria a monarquia e a dinastia dos Braganças. O rei também mostrava saber da possibilidade de uma tensão entre Portugal e Brasil, com o risco até da independência, por isso foi cauteloso ao voltar para Portugal e deixar seu filho em terras brasileiras.
A opção de voltar toda a família para Portugal foi rejeitada pela falta de clareza do que estava acontecendo. Dom João não sabia o que encontraria em Portugal e, se algo acontecesse com o rei, pelo menos o príncipe e herdeiro do trono estaria seguro.
A partir desse ano os acontecimentos se sucederam de maneira rápida e intensa. Com apenas 23 anos, Dom Pedro estava governando uma nação de tamanho continental, onde a região norte do país tinha mais proximidade política com Lisboa do que com o Rio de Janeiro.
Era uma nação em formação, um projeto de Brasil que precisava ainda de um contorno para ficar pronto. Os políticos brasileiros estavam dispostos a esse sacrifício e conquistar o apoio do príncipe seria o passo mais importante na luta pela autonomia brasileira.
O Dia do Fico é o momento em que Dom Pedro I decide ficar no Brasil, apesar das pressões que as Cortes portuguesas faziam pelo seu retorno a Portugal. Correspondendo às aclamações populares e dos políticos brasileiros, Dom Pedro I opta por se manter no Brasil e comunica sua decisão no dia 09 de janeiro de 1822.
Portugal iniciou um processo para redesenhar o império português, fazendo um parlamento único que contaria com representantes do Brasil, Portugal, possessões africanas e asiáticas e Açores.
Delegações de políticos dos estados brasileiros foram convidados a irem à Europa para participarem desse debate, só que a situação não foi boa. Os brasileiros acusaram os portugueses de os tratarem mal e quererem recolonizar o Brasil.
Sem perspectiva de avanço e negociação com Portugal, os brasileiros passaram a articular para que o país tivesse mais autonomia. Juntaram-se em torno da figura de Dom Pedro para pedir que ele desobedecesse às ordens das Cortes portuguesas e não voltasse para Portugal.
O governo de Portugal durante muito tempo mandou cartas cada vez mais agressivas exigindo a volta do príncipe.
Em janeiro de 1822, foi apresentado ao Príncipe Dom Pedro um abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas de brasileiros pedindo a sua permanência. Ele acatou este pedido e ficou no Brasil. O governo português entendeu isso como um grande desaforo e a situação no Brasil ficou tensa.
Apenas três dias após o dia do fico o Rio de Janeiro foi surpreendido com uma notícia: tropas portuguesas haviam se rebelado contra o príncipe Dom Pedro. Esses soldados pertenciam à Divisão Auxiliadora e eram liderados pelo General Jorge Avilez.
Dom Pedro tentou negociar com os militares pelo fim do motim, mas se frustrou. A Rebelião de Avilez continuou a tornar o Rio de Janeiro um lugar instável politicamente. Pedro ordenou que a sua família fosse retirada da capital e levada para o interior, longe daquela confusão enquanto ele tentava resolvê-la.
A esposa de Dom Pedro, Dona Leopoldina, fugiu então junto aos filhos. Com a mãe estava um menino, o príncipe Dom João Carlos que era primogênito de Dom Pedro. Ele herdaria a coroa portuguesa em caso da morte de Dom João VI e de seu pai Dom Pedro. Na época, o filho primogênito era muito importante para uma família real.
Durante a fuga, o príncipe João Carlos teve uma piora em sua saúde que já estava debilitada. Ele veio a falecer no dia 04 de fevereiro de 1822. A morte foi um choque para Leopoldina e Pedro, que culparam os portugueses por terem obrigado uma fuga tão rápida e em péssimas condições.
Leopoldina chorou muito com a morte do filho. Pedro, além de chorar, foi tomado pela cólera contra os portugueses. No mesmo dia escreveu uma carta ao pai culpando os soldados portugueses pela morte de seu filho e comunicando o falecimento do neto de Dom João VI.
Ele montou em seu cavalo, juntou soldados e expulsou o general Avilez e todos os soldados envolvidos no motim do Brasil. Essa ação se tornou uma ilustração da crise que se agravava entre Portugal e Brasil.
Repetidamente as cortes ofendiam Dom Pedro e o chamavam de rapazinho. Tentavam atacar de alguma forma a autonomia de Portugal. As duas pessoas mais próximas de Pedro, sua esposa Leopoldina e o ministro José Bonifácio, defendiam que o Brasil deveria se separar de Portugal.
No dia 14 de agosto de 1822, Dom Pedro partiu para São Paulo para resolver uma instabilidade política.
Essa era uma ação característica do imperador, ele gostava de solucionar esse tipo de problema estando presente, assim como havia feito tempo antes em Minas Gerais.
O primeiro destino foi a cidade de Santos e depois partiu para São Paulo. No meio do caminho entre Santos e São Paulo, Pedro foi surpreendido por um mensageiro que trazia cartas que vinham do Rio de Janeiro.
Essas cartas relatam como estava a política nacional. Entre elas, havia cartas de Dona Leopoldina e de José Bonifácio que mostravam uma agressividade maior das Cortes portuguesas e diziam ser essa uma situação insustentável, o Brasil precisava se separar.
Tendo recebido a carta, D. Pedro arrancou a braçadeira azul e branca que simbolizava Portugal e atirou-a no chão dizendo:
— “Tirem suas braçadeiras, soldados! Viva a Independência, a liberdade e a separação do Brasil!”
O príncipe desembainhou sua espada, no que foi seguido pelos militares; os paisanos tiraram o chapéu, e D. Pedro disse:
— “Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a liberdade do Brasil! Brasileiros! A nossa divisa de hoje em diante será — INDEPENDÊNCIA OU MORTE!”
O garoto que chegara ao Brasil com apenas nove anos, aos 23 anos se tornou o primeiro imperador da história do país. Esse período em que governou o Brasil ficou conhecido como O Primeiro Reinado.
O desafio de Pedro era construir uma nação em um país que tinha dimensões continentais. Para isso, ele precisava combater os movimentos separatistas e as resistências portuguesas. Esses conflitos ficaram conhecidos como guerras de independência e só foram acabar em julho com a vitória na Bahia.
Além disso, o Imperador Dom Pedro I precisava definir uma bandeira, um hino e começar o processo de escrita da Constituição do país.
Dom Pedro I como imperador não manteve uma postura muito diferente da de príncipe. Ele se destacava pela sua coragem e obstinação em resolver os problemas, era um líder que motivava a tropa com o corpo presente. Muitas vezes fazendo longas viagens para resolver questões locais.
Dom Pedro I também era austero e defendia que a Corte precisava gastar pouco, ele deveria ser o primeiro exemplo ao povo quando o assunto era economia de dinheiro e respeito ao patrimônio público.
O imperador também possuía grande talento para música e foi responsável, inclusive, por compor o Hino da Independência do Brasil.
Pessoalmente Pedro I era contrário à escravidão e negociou junto à Inglaterra leis que combatiam o tráfico de escravos. Porém, em todo o seu governo, o número de africanos traficados para o Brasil aumentou.
De 1800 a 1850, o Brasil teve, proporcionalmente, a maior quantidade de escravos traficados em toda a sua história.
Dom Pedro I como imperador também cometeu erros, muitas vezes motivado pela sua personalidade. Era explosivo, não respeitava protocolos e agressivo.
A sua postura como imperador tinha contradições: ao mesmo tempo que defendia a imprensa livre, agia de maneira autoritária reprimindo manifestações de maneira violenta.
Essas atitudes geraram críticas de seus opositores e minaram a popularidade que Dom Pedro I tinha por conta da Independência do Brasil.
Outra contradição flagrante era a vida amorosa do imperador, que mesmo dedicando de corpo e alma à esposa e filhos, possuía amantes de maneira pública e ruidosa à coroa.
No dia 13 de maio de 1817, Dom Pedro I se casou com a Dona Leopoldina. Ela pertencia a uma família muito importante da Áustria, os Habsburgos. O casamento entre diferentes famílias reais fazia parte das negociações políticas entre Estados.
Para a Áustria era importante conseguir o apoio de Portugal, principalmente conseguindo influência na América do Sul. Já para Portugal, ceder o príncipe Dom Pedro era importante para conseguir apoio em uma das dinastias mais tradicionais de toda a Europa.
Dona Leopoldina era uma mulher bonita, inteligente e se interessava pelos mais diversos assuntos. No Brasil, investiu nas ciências trazendo pesquisadores austríacos e financiando projetos.
Aproximou-se de José Bonifácio pelo interesse em comum na área. Ao contrário do que era esperado na época, ela não se eximiu de se envolver na política. Foi ativa e governou como regente todas as vezes que o imperador estava em viagem.
O início do casamento foi feliz e Pedro por diversas vezes escreveu sobre o quanto admirava a mulher. Eles tiveram muitos filhos e se portavam como pais reconhecidamente exemplares.
Dom Pedro I sempre foi conhecido por se envolver com muitas mulheres, mesmo antes de sua esposa chegar. Com ela no Brasil não foi diferente. A que mais gerou problemas na Corte foi a Domitila de Castro. Dom Pedro I se apaixonou por ela durante a sua viagem para Santos, momentos antes da independência do Brasil.
A partir daí ela se tornou a amante oficial. Recebeu todos os tipos de regalias, conforto e inclusive foi levada para morar próximo ao palácio do imperador. A relação entre os dois estava tão escancarada que até os jornais comentavam. Ele também deu a ela o título de Marquesa de Santos.
Dona Leopoldina era figura popular na opinião pública. Por ser muito querida, o seu sofrimento ocasionado pela presença da amante gerou muitas críticas a Dom Pedro I.
Essa fama de mulherengo foi tão difundida que anos mais tarde dificultaria até o Brasil a conseguir uma esposa para o Dom Pedro II, pois os europeus tinham medo dele agir igual ao pai.
Ler mais: O que foi o Primeiro Reinado? Entenda todo o processo!
Em 1826, Dom Pedro I perdeu o seu pai Dom João VI. Ele era o herdeiro legítimo do trono português, assim, ele herdou a coroa de Portugal enquanto reinava o Brasil. Pedro passou a ser Dom Pedro I do Brasil e Dom Pedro IV de Portugal.
Ele chefiou as duas monarquias ao mesmo tempo apenas durante alguns meses, logo abdicou do trono de Portugal em favor da sua filha, Dona Maria.
Quando a rainha Dona Maria II parte para Portugal, antes de desembarcar do navio, ela recebe a mensagem de que Dom Miguel, irmão de Dom Pedro I, havia dado um golpe em Portugal e assumido o poder. A rainha estava impedida de assumir o trono.
Ela voltou para o Brasil e montou a sua corte no Rio de Janeiro sob a proteção do pai, que tentava negociar com o irmão para se casar com Dona Maria II e acabar com o conflito. As negociações não deram certo e, Dom Miguel, incentivado pela mãe Carlota Joaquina, dominou o governo português.
No Brasil, a população começou a acusar Dom Pedro I de dar mais atenção aos problemas de Portugal do que aos problemas do Brasil. Na opinião pública, o Dom Pedro I que era o herói da independência começou a dar lugar ao Dom Pedro I português que ia contra os interesses do Brasil.
A tensão entre brasileiros e portugueses voltou a ser algo presente no Rio, inclusive chegando a extremos como a violência física.
Em 1831, quando Dom Pedro I voltava de Minas Gerais, os portugueses organizaram uma festa para receber o imperador. Indignados, os brasileiros se juntaram em grupo para atacar o movimento.
O conflito foi muito violento. Facadas, garrafadas e pauladas eram os argumentos usados por ambos os grupos. Esta ficou conhecida como a Noite das Garrafadas.
Ela ilustra bem o cenário da época. As ruas frequentemente eram tomadas com manifestações contrárias ao “português que estava no poder”.
A derrota do Brasil na Guerra da Cisplatina e a truculência com que, segundos alguns parlamentares da época, Dom Pedro I tratava o congresso, pesaram contra o imperador. A repressão às manifestações foi apelidada de “o açougue dos Braganças”.
Dom Pedro I era visto como um português autoritário e incompetente, que defendia mais os interesses de Portugal que o do Brasil. Ele e seus aliados se defendiam dizendo ser caricaturas e inverdades proferidas pela opinião pública.
A situação ficou insustentável. No dia 07 de abril de 1831, Dom Pedro I abdicou do trono em favor do seu filho, Dom Pedro II.
Dom Pedro I desembarcou na França para preparar as suas tropas a fim de tirar o seu irmão do poder em Portugal e colocar a sua filha, a rainha Dona Maria II, que era a herdeira legítima.
O seu pequeno exército era formado de mercenários contratados com ajuda financeira da Inglaterra e da França e de pessoas que fugiram de Portugal após Dom Miguel tomar o poder. Após conseguir treiná-los, Pedro I desembarcou as suas tropas na cidade de Porto, em Portugal.
Ele possuía muito menos soldados do que o seu irmão. As suas tropas ficaram totalmente encurraladas na cidade e resistiram bravamente. Esse momento ficou conhecido como o cerco do Porto.
Dom Pedro I liderava o seu exército indo às linhas de frente e conversando com os soldados. Ele tentava se colocar o mais próximo possível e incentivar os sentimentos patrióticos para libertar a terra portuguesa.
A guerra começou em 1832 e só acabou em 1834, quando as tropas de Dom Pedro I conquistaram Lisboa e expulsaram Dom Miguel. Assim, a rainha Dona Maria II assumiu o poder.
No ano de 1834, enquanto estava em Portugal, Dom Pedro I começou a sentir a sua saúde mais debilitada. Estava com tuberculose.
Em setembro de 1834, Pedro I caiu de cama no mesmo quarto em que nascera no Palácio de Queluz. A Imperatriz, Dona Amélia, o acompanhou durante todo o período em que enfrentou a doença. No dia 24 de setembro, não resistiu e faleceu.
Dom Pedro I morreu em Portugal e seu corpo foi enterrado no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Portugal. Esse local é onde ficam todos os outros reis da dinastia dos Braganças.
Em 1872, após tratativas entre o governo brasileiro e português, o corpo de Dom Pedro I foi trazido para o Brasil. Naquela ocasião, comemorava-se os 150 anos da independência e ele foi recebido com honras de chefe de estado.
O corpo está enterrado na Cripta Imperial que fica abaixo do Monumento da Independência no Parque da Independência em São Paulo. Esse parque fica no local onde Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil.
Em seu testamento, Dom Pedro I pediu para que seu coração repousasse na cidade de Porto, em Portugal. Esta foi uma forma de reconhecer a resistência durante o Cerco de Porto.
Na Igreja Nossa Senhora da Lapa, o coração é preservado como uma relíquia. Substâncias impedem a sua decomposição e até hoje ele pode ser visitado no local.
Em agosto de 2022, o coração foi trazido ao Brasil para uma visita em ocasião dos 200 anos da Independência.
Este é um símbolo que resgata a importância de Dom Pedro I, um herói nacional. Com todos seus erros e acertos.
Infelizmente, os heróis nacionais vêm sendo tratados como piada pelas escolas e pela mídia. Privado de conhecer a sua história, o brasileiro sequer consegue sentir orgulho do seu país.
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