O túmulo de Charles Darwin foi pichado por manifestantes climáticos nesta segunda-feira, 13 de janeiro. A sepultura do pai da teoria da evolução fica dentro da Abadia de Westminster, igreja onde a família real inglesa costuma realizar cerimônias oficiais.
Duas ativistas do Just Stop Oil escreveram em laranja “1,5 está morto” em cima da lápide, feita em mármore branco. De acordo com comunicado do próprio grupo, o túmulo foi depredado com giz spray.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, uma das mulheres presas afirma que “as pessoas mais pobres do mundo estão sofrendo”.
“Se não trabalharmos juntos para controlar as corporações e os bilionários que nos levam além de nossas possibilidades, a humanidade não será capaz de se adaptar ao que está por vir. Estamos a caminho de perder tudo, e os políticos não estão fazendo nada perto do suficiente para impedir isso”, escreveu uma ativista.
Veja a publicação:
As mulheres foram identificadas como Alyson Lee, de 66 anos, assistente de ensino aposentada, e Di Bligh, 77, ex-CEO do Reading Council. As duas foram presas pela polícia Metropolitana de Londres.
Os tumultos causados por ativistas provocaram um debate sobre o que existe algo por trás desse tipo de pauta.
Diante de algo tão legítimo quanto a questão ambiental, o envolvimento de ONGs como a Just Stop Oil despertou a curiosidade da Brasil Paralelo.
O resultado foi o documentário Cortina de Fumaça, uma análise do que há por trás de organizações que causa agitação social usando como pano de fundo o ambientalismo.
Qual o interesse por trás de confundir as pessoas sobre esse tema? Em Cortina de Fumaça, pesquisadores e especialistas procuram responder isso.
Aprofunde-se nisso assistindo ao filme gratuitamente abaixo:
De acordo com a agência Reuters, o protesto foi por causa do aumento em 1,5 graus Celsius das temperaturas globais em 2024. Essa é a maior temperatura desde o início da Era pré-industrial, no final do século XVI.
Os ativistas alegam que a quebra dessa barreira coloca em risco a segurança da vida no planeta. Segundo um dos membros do grupo:
"Passamos o limite de 1,5 grau que deveria nos manter seguros. Darwin estaria se revirando no túmulo se soubesse que estamos no meio da sexta extinção em massa".
Os ambientalistas atribuem o aumento das temperaturas globais ao alto uso de combustíveis que liberam monóxido de carbono, como óleo diesel e gasolina.
Essa não é a primeira vez que essa organização causa tumultos em locais importantes para a população da Grã Bretanha.
Quando Donald Trump foi eleito novamente presidente dos EUA, o mesmo grupo pichou a embaixada americana em Londres com a mesma tinta.
Os homens de 25 e 72 anos vandalizaram o prédio horas depois do anúncio oficial, no dia 6 de novembro.
A entidade divulgou o momento no X, afirmando que o mundo “se aproximou do facismo” com o resultado nos EUA.
“O único verdadeiro vencedor da eleição de hoje é o poder corporativo que controla os principais partidos tanto nos EUA quanto no Reino Unido. Eles continuam a garantir que os interesses da indústria de combustíveis fósseis sejam priorizados em detrimento do bem-estar das pessoas comuns”, escreveu.
A administração da Abadia comunicou que a limpeza do túmulo já está sendo providenciada. Além disso, as duas manifestantes foram retiradas e levadas para uma delegacia no centro de Londres.
O templo segue aberto para cultos e visitação turística e a polícia investiga o caso.
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