Donald Trump voltou a causar controvérsia ao sugerir que o Canadá se torne o 51º estado americano. Durante uma entrevista à Fox News, na terça-feira, 25 de fevereiro, declarou:
“Eu o chamei de Governador Trudeau porque eles deveriam ser o 51º estado.”
A ideia que Trump tem repetido desde o fim de 2024, reforça sua visão de uma integração entre os dois países. Segundo ele, a medida seria benéfica para ambos os lados, especialmente em termos econômicos.
Trump destacou vantagens financeiras, afirmando que a anexação resultaria em menos impostos para os canadenses:
“Seria um grande estado, realmente. E as pessoas no Canadá gostam da ideia. Eles pagariam menos impostos.”
O ex-presidente já havia abordado o tema em dezembro de 2024, durante um evento em Mar-a-Lago, quando, segundo fontes presentes, disse diretamente a Justin Trudeau:
“Você seria um ótimo governador, Justin. Vamos fazer isso acontecer.”
Além disso, Trump reforçou sua visão expansionista em uma publicação recente no Truth Social, onde escreveu:
“O Canadá é nosso por direito. Eles precisam de nós mais do que imaginam.”
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As declarações de Trump refletem críticas recorrentes aos canadenses, especialmente sobre gastos militares na OTAN e o déficit comercial com os EUA. Durante as negociações do USMCA em 2019, o presidente já havia afirmado:
“Eles nos exploram no comércio, mas não pagam o suficiente pela defesa.”
Para Trump, uma anexação resolveria essas questões, eliminando tarifas comerciais e fortalecendo a segurança contra ameaças como Rússia e China.
O governo canadense respondeu com firmeza. Em entrevista à CNN, Justin Trudeau rejeitou categoricamente a ideia:
“Não há a menor chance de nos tornarmos americanos. Somos Canadá.”
Uma pesquisa realizada pela Ipsos em janeiro de 2025 revelou que 80% dos canadenses são contra a proposta, destacando o valor da soberania e identidade nacional.
Analistas enxergam implicações graves caso a ideia de Trump avance. A integração facilitaria o acesso dos EUA a recursos naturais canadenses, como petróleo e minerais raros, mas comprometeria a autonomia de Ottawa.
O comércio entre os dois países, que supera US$ 700 bilhões anuais, também poderia sofrer rupturas em suas cadeias de suprimento. Um especialista ouvido pelo Financial Times avaliou a proposta como improvável:
“Isso é mais bravata do que plano viável.”
A Casa Branca trata a questão como parte de sua estratégia de pressão negocial, mas as declarações de Trump continuam a alimentar o debate. Resta saber se Ottawa cederá em outras questões, como tarifas, para evitar maiores tensões com Washington.
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