O segundo mandato de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos completa a marca simbólica dos primeiros 100 dias hoje (29).
Com um Congresso de maioria republicana, Trump teve caminho livre para iniciar reformas no governo federal e reverter políticas da gestão anterior, de Joe Biden.
O professor da American University, Patrick Malone, comentou em entrevista para a Istoé que o presidente está bastante ativo no começo de sua gestão:
"Não importa de que lado da linha você esteja: acho que a maioria concorda que a coisa tem estado bastante agitada… Ele definitivamente chegou atirando para todos os lados.”
Conheça algumas das medidas mais importantes tomadas pelo do presidente dentro dos primeiros 100 dias:
Uma das áreas onde Trump avançou foi no controle da imigração ilegal. Os números de pessoas tentando cruzar a fronteira do México caíram de quase 250 mil em dezembro de 2023 para cerca de 7 mil em março de 2025.
No entanto, ainda não há dados para comparar o ritmo de deportações com o último ano de Biden.
Sabe-se que o Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) tem realizado prisões em larga escala pelo país.
Pessoas acusadas de manterem ligações com o crime organizado ou com antecedentes criminais foram presas e mandadas para fora dos EUA.
Trump havia prometido na campanha que iria "colocar esses criminosos perversos e sanguinários na cadeia, e chutar eles para fora do nosso país, o mais depressa possível".
Programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) foram encerrados em agências federais.
O presidente assinou um decreto fazendo com que os EUA reconheçam oficialmente apenas os sexos masculinos e femininos, mudando documentos como passaportes e identidades.
Outra ordem executiva cortou o financiamento federal de organizações que autorizassem atletas trans em competições femininas.
Universidades, especialmente as da prestigiosa Ivy League como Harvard e Columbia, foram alvo de pressões e cortes de verbas federais.
O motivo do embate é combater antissemitismo e programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI).
Harvard reagiu judicialmente, chamando as ações de "controles inadequados e sem precedentes".
Seguindo uma sugestão de Elon Musk, Trump criou o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
Musk e seus aliados conduziram cortes em diversas agências, levando à demissão de milhares de funcionários públicos.
Um dos casos mais emblemáticos foi do USAID, órgão dos EUA dedicado à ajuda humanitária ao redor do mundo.
O órgão foi acusado de financiar uma série de organizações ligadas a movimentos de esquerda internacionalmente.
Opositores chegaram a acionar a justiça para que o governo fosse obrigado a manter as ajudas humanitárias.
No entanto, as economias prometidas, de aproximadamente R$846 bilhões, ainda não se concretizaram.
O presidente também cumpriu a promessa de impor tarifas generalizadas sobre produtos estrangeiros.
Ele tem defendido que a medida deveria corrigir “injustiças comerciais” feitas por parceiros econômicos contra os EUA.
Após iniciar com taxas sobre Canadá, México e China, expandiu a medida em abril no que chamou de "Dia da Libertação".
Praticamente todos os países do mundo foram taxados em ao menos 10%. A China foi o país mais impactado pela decisão.
Após reações do governo chinês, as tarifas de Trump chegaram a 245% em alguns setores.
Essas ações provocaram uma forte oscilação no mercado de ações. Trump tem negociado diminuição das com diversos países.
Cumprindo outra promessa de campanha, Trump perdoou, logo no primeiro dia de mandato, cerca de 1.500 envolvidos na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Ao longo das campanhas, o presidente passou a chamar os condenados de "patriotas" e "reféns".
Na área ambiental, assinou ordens para favorecer a produção de combustíveis fósseis.
Trump revogou as metas de veículos elétricos da era Biden e deixou para o Congresso a decisão sobre a regra da Califórnia para eliminar carros a gasolina.
Em uma medida inesperada, Trump assinou um decreto para mudar o nome da região do Golfo do México para Golfo da América.
Além disso, o presidente segue propondo a anexação do Canadá e da Groenlândia, medidas que propôs durante a campanha.
O presidente também criticou o governo do Panamá e vêm exigindo que o país deixe os EUA usarem o canal gratuitamente.
No primeiro dia, Trump declarou uma emergência energética para estimular a produção de energia, mas afirmou que os resultados não seriam imediatos.
Trump prometeu aos eleitores que eles sentiriam a diferença nas contas de luz e água, com cortes de até 75% nos custos em 12 a 18 meses, embora às vezes ponderasse:
“Se não funcionar, vocês dirão: ‘Ah, bem, eu votei nele, e mesmo assim ele reduziu bastante’”.
Na economia, a inflação apresentou queda, passando de 3% em janeiro para 2,4% em março, levando Trump a declarar que "já resolvemos a inflação".
No entanto, o Federal Reserve, o banco central americano, alertou que a imposição de tarifas sobre produtos importados provavelmente pressionará os preços para cima.
A aprovação popular de Trump atingiu um nível historicamente baixo para os primeiros 100 dias, segundo pesquisas mencionadas pela imprensa americana.
Uma pesquisa do instituto SSRS, encomendado pela CNN, afirma que a aprovação do presidente está em 41%.
Apenas 22% dos americanos afirmam que concordam fortemente com a forma como Trump está administrando o país.
Esse é o pior índice registrado por um governo recém empossado desde Dwight Eisenhower.
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