A Síria voltou a ser engolida pelo caos nesta sexta-feira, 7 de março de 2025.O grupo terrorista Hay’at Tahrir al-Sham (HTS) promoveu ataques brutais contra a minoria alauíta em Homs.
Terroristas do HTS estão matando civis com base em sua origem, transformando a cidade em um campo de extermínio religioso e reacendendo a violência que devastou o país por mais de uma década.
Após a queda de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024, o HTS tomou o poder, mas sua repressão sanguinária contra alauítas, xiitas e cristãos expõe a face cruel de seu domínio islamista.
O Hay’at Tahrir al-Sham é um grupo terrorista sunita, nascido como braço da Al-Qaeda na Síria sob o nome Frente al-Nusra, que se reestruturou em 2016 sem abandonar sua essência jihadista.
Com apoio descarado da Turquia, Qatar e Arábia Saudita, o HTS conquistou vastas áreas da Síria após derrubar Assad, um alauíta cuja família dominou o país por mais de cinco décadas. Em Homs, os terroristas invadem casas e executam moradores alauítas, em uma campanha que o Observatório Sírio para os Direitos Humanos descreve como limpeza étnica.
A escalada do terror ganhou força quando ex-membros do regime de Assad, majoritariamente alauítas, iniciaram uma insurgência armada em Tartus e Latakia.
A resposta do HTS foi devastadora: os terroristas lançaram operações militares que já mataram dezenas em áreas alauítas, segundo estimativas iniciais, ainda imprecisas devido ao bloqueio de informações.
Os alauítas são uma minoria religiosa da Síria, representando cerca de 10% da população, com raízes em uma vertente do islamismo xiita. Sua fé, marcada por sincretismo com elementos cristãos e pré-islâmicos, é considerada heresia por sunitas radicais como o HTS.
Os alauítas, historicamente marginalizados, ganharam destaque sob a família Assad, que os favoreceu no poder desde 1971, gerando ressentimentos entre a maioria sunita.
Concentrados em cidades como Homs, Tartus e Latakia, eles agora enfrentam a violência dos terroristas do HTS, que os acusam de colaboração com o regime deposto.
Nas cidades costeiras de Tartus e Latakia, a população alauíta, em desespero, tomou as ruas. Milhares se reuniram diante da base russa de Hmeimim, implorando por proteção contra o terror do HTS, que acusam de genocídio. A Rússia, aliada de Assad por anos, ainda não respondeu oficialmente.
O HTS nega motivações sectárias em sua propaganda, alegando combater “lealistas de Assad”. Os terroristas afirmam ter prendido cerca de 2 mil pessoas desde janeiro, mas imagens de execuções em massa desmentem suas justificativas, mostrando civis alauítas como alvos preferenciais.
Um sobrevivente anônimo de Homs relatou à AFP:
“Os terroristas do HTS entram à noite, arrastam os homens e matam quem tenta escapar. Ser alauíta é nossa sentença de morte.”
A repressão dos terroristas do HTS também atinge xiitas e cristãos, mas os alauítas sofrem o pior. Em Tartus e Latakia, a violência já deslocou centenas de famílias, enquanto o grupo intensifica sua cruzada contra minorias.
A comunidade internacional segue paralisada: EUA e UE classificam o HTS como grupo terrorista, mas a Turquia insiste em legitimá-lo. A Síria, sob o jugo do HTS, é hoje um laboratório de terror islamista, com os alauítas pagando o preço mais alto.
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