O ministro Alexandre de Moraes emitiu uma intimação contra Elon Musk, dono da rede social X. No mandado, há a determinação de que o empresário indique um representante da empresa no Brasil em 24 horas. Caso não o faça, a plataforma pode ser retirada do ar no Brasil.
Como o X deixou o país no dia 17 de agosto, a Suprema Corte não conseguiu entrar em contato com a empresa.
Foi a primeira vez que o ministro divulgou uma notificação que pode levar à remoção de uma plataforma de rede social. Para isso, ele utilizou o próprio X, o que levanta dúvidas sobre a validade jurídica da intimação, tornando-a nula.
De acordo com o Marco Civil da Internet, as empresas necessitam ter um representante legal.
Elon Musk é citado no inquérito 4.874, o denominado “inquérito das milícias digitais (Inq. 4874)”, que investiga a suposta ação criminosa de grupos suspeitos de disseminar notícias falsas em redes sociais. O objetivo seria influenciar processos políticos.
A inclusão de Elon Musk no chamado “inquérito das milícias digitais”
A inclusão ocorreu após uma polêmica que envolveu uma série de questionamentos públicos de Musk em relação à conduta do ministro do Supremo. O empresário chegou a afirmar que tinha a intenção de reativar contas em redes sociais que foram suspeitas no Brasil por ordem do ministro. No dia 07 de abril, Moraes determinou a inclusão de Musk no inquérito para apurar possíveis obstrução da Justiça e incitação ao crime.
Foi aberto um outro processo para investigar a conduta do empresário em relação às afirmações em que enfatizou o desejo de reativar perfis da rede suspensos por ordem de Moraes.
A rede social deixou o Brasil no último dia 17 de agosto. Na postagem em que justificou o encerramento das operações, afirmaram que Moraes havia ameaçado seus funcionários de prisão e, diante disso, o fechamento no Brasil se fazia necessário.
Disseram ainda que seus serviços continuariam disponíveis aos brasileiros.
Em seu perfil oficial, Musk afirmou que a "decisão de fechar o escritório X no Brasil foi difícil". "Se tivéssemos concordado com as exigências de censura secreta (ilegal) e entrega de informações privadas de @alexandre, não haveria como explicar nossas ações sem ficarmos envergonhados."
Na ocasião, o X havia publicado a decisão sigilosa do ministro na qual ele intima a empresa a bloquear contas dos usuários das redes.
Caso o X descumpra a atual intimação e não apresente representante legal, poderá ser retirado do ar no Brasil.
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