Antony Blinken afirmou que o principal interesse americano era o de convencer os chineses a pararem de apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia.
Quando questionado se ele havia obtido êxito nessa empreitada, Blinken afirmou que a Rússia dificilmente conseguiria ter sustentado tanto tempo de guerra sem o apoio da China e enfatizou:
“Se a China não resolver este problema, nós o faremos”
Segundo o jornal, The Washington Post, essa foi uma possível referência às sanções contra as empresas chinesas envolvidas no comércio com a Rússia.
Apesar das críticas, o clima do encontro foi mais ameno do que os que ocorreram no ano passado, fazendo com que o diplomata chinês, Wang Yi, tivesse uma conclusão positiva sobre o encontro.
“Esperamos que os EUA possam olhar para o desenvolvimento da China de uma forma positiva. Esta é uma questão fundamental que deve ser abordada,tal como o primeiro botão de uma camisa que deve ser endireitado para que a relação China-EUA possa ser resolvida. relacionamento para realmente estabilizar, melhorar e avançar.”
Mesmo com a falta de resolução na questão da Rússia, Blinken também enxergou o encontro com o saldo positivo, mas ponderou:
“Mesmo enquanto procuramos aprofundar a cooperação onde os nossos interesses se alinham, os Estados Unidos têm uma visão muito clara sobre os desafios colocados pela [China] e sobre as nossas visões concorrentes para o futuro”
Além da guerra na Ucrânia, Taiwan tem sido o principal ponto de tensão entre as potências. Na semana passada, os EUA aprovaram um pacote de auxílio financeiro ao país, o que é visto pela China como uma interferência indevida.
No final do século XIX, a China era uma monarquia decadente e incapaz de se impor frente às grandes nações europeias. O país vivia imerso em problemas econômicos e não conseguia fazer as reformas necessárias para se estabilizar.
O império chinês chegou ao fim no ano de 1911, após um movimento popular liderado por Sun Yat Sen derrubar o imperador e estabelecer a República da China.
Dez anos depois da revolução, foi fundado o Partido Comunista Chinês (PCCh), sob a liderança de Mao Zedong.
Em 1927, o PCCh iniciou uma campanha armada no campo, que foi duramente reprimida pelas forças do Kuomintang.
Assim começou uma guerra civil na China, que durou até 1949, quando as tropas do partido comunista estavam se aproximando da capital Pequim.
Ciente da incapacidade de vitória, o líder do Kuomintang Chiang Kai Shek fugiu do continente para a Ilha Formosa.
Enquanto nascia a República Popular da China no continente o governo da República da China se estabelecia na ilha, dando origem ao país popularmente conhecido como Taiwan.
Com isso, a China continental se transformou em uma ditadura socialista enquanto Taiwan viveu sob uma ditadura anti comunista até a redemocratização em 1996.
Para o governo chinês, Taiwan representa o último reduto do partido nacionalista e não seria um país, mas uma provincia que se recusa a aceitar as ordens do poder central.
A ampla maioria dos países ocidentais consideravam o governo insular como a China até a década de 1970, quando os EUA passaram a se aproximar da República Popular da China para instrumentalizar a disputa entre o país e a União Soviética.
Apesar de não reconhecerem oficialmente Taiwan, os EUA mantêm relações com o país que é visto como um “furo” na influência crescente da China.
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