A "saidinha" de Dia dos Pais vai colocar na rua milhares de presos. A celebração do domingo (13) permitirá a saída temporária dos detentos. A previsão é que cerca de 1,8 mil sejam beneficiados.
Prevista na Lei de Execução Penal, a "saidinha" é alvo de discussões no Congresso.
Em agosto de 2022, o Senado aprovou a reforma da lei que permite as saídas para acabar com a prática em datas festivas.
Atualmente, os presos do regime semiaberto podem sair da prisão para visitar a família e ir estudar. O benefício é dado para presos que apresentam bom comportamento.
Mas a benesse acumula casos controversos. Suzane von Richthofen, condenada por assassinar os próprios pais, saiu da penitenciária no dia das mães.
Outro exemplo é o de Lázaro Barbosa, procurado e morto pela polícia recentemente, aproveitou uma saidinha de Páscoa para fugir do presídio onde cumpria pena por estupro.
O atual Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Capitão Derrite, foi um dos congressistas que defendeu a reforma da lei em 2022. Segundo ele:
“A Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo informou que na passagem de 2021 para 2022, 1.628 presos que deixaram as penitenciárias do Estado, durante a chamada ‘saidinha temporária de fim de ano’, não retornaram ao sistema prisional paulista.
Já existe a previsão legal de cumprimento de pena e progressão de regime de forma proporcional, a saída temporária causa a todos um sentimento de impunidade diante da percepção de que as pessoas condenadas não cumprem suas penas, e o pior, de que o crime compensa”.
Em 2021, na virada de ano, 35 mil presos saíram das penitenciárias paulistas por alguns dias.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, 4,4% dos presos não voltaram da saidinha do final de 2021. Foram 1628 foragidos somente no Estado de São Paulo.
Um criminoso no Brasil encontra uma série de benefícios que abrandam sua pena: progressão de pena, audiência de custódia, saídas temporárias.
Esses benefícios, somados à ideologia de diversos políticos e grupos da mídia que enxergam no criminoso uma vítima, geram a sensação de impunidade e a certeza de que o crime compensa no Brasil. Esta é parte da fórmula do crime explicada na trilogia Entre Lobos.
O maior e mais estarrecedor documentário já feito sobre a crise de segurança pública no Brasil. Entre Lobos é um raio-x do crime que aflige todos os brasileiros.
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